Quatro mortes por influenza A H1N1 foram confirmadas em Pernambuco, segundo o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, nesta quinta-feira (28). Todas as mortes aconteceram no Recife, sendo uma na faixa etária entre 10 e 19 anos, uma na faixa etária de 40 a 49 anos e as outras duas na faixa etária de 50 a 59.
No estado, foram ainda notificados 238 casos de SRAG, com 19 confirmações de influenza A H1N1. No mesmo período de 2015, foram notificados 342 casos de SRAG, sem confirmações para a H1N1. Já nos casos de síndrome gripal, que são mais leves, foram realizadas 193 coletas, sendo 33 delas positivas para influenza A H1N1.
Ao todo, até o dia 23 de abril, foram notificados no estado 20 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que evoluíram para morte. Sete óbitos tiveram investigação sem definição do tipo de síndrome respiratória e outros dois foram descartados para influenza, parainfluenza, adenovírus e VSR.
As outras mortes seguem sendo investigados e, segundo a secretaria, podem ter sido provocadas por diversos vírus, como adenovírus, vírus sincicial respiratório, influenza (A H1N1, AH3 Sazonal, B e vários outros subtipos), parainfluenza (1, 2 e 3), e diversas bactérias, além de outros agentes etiológicos, como fungos.
No mesmo período de 2015, 12 casos de SRAG evoluíram para óbito, mas nenhum deles foi confirmado como H1N1.
Bebê pernambucano – A Secretaria de Saúde apontou ainda que a morte de uma criança pernambucana em São Paulo, divulgada pelo Ministério da Saúde no dia 19 de abril, não faz parte dos óbitos confirmados por H1N1 no estado porque a vítima estava há 11 meses internada em hospital de São Paulo. O órgão estadual apontou ainda que a criança contraiu a doença naquele estado e, além disso, possuía outros problemas de saúde, que provocaram o agravamento do quadro.
Vacinação – Na segunda (25), começou a vacinação dos grupos prioritários no estado. São eles: crianças entre 6 meses e menores de 5 anos (até 4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores de saúde, idosos (a partir de 60 anos), povos indígenas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional; adolescentes e jovens entre 12 e 21 anos sob medida socioeducativas, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.
Até agora, Pernambuco recebeu do Ministério da Saúde 941.780 doses da vacina. O Dia D conta as gripes será o sábado (30), em todo o Brasil. Até a segunda semana de maio, o MS informou que vai encaminhar as doses para imunizar todos os 2.095.962 pernambucanos inclusos nos grupos prioritários. A expectativa da campanha é atingir, no mínimo, 80% desse público total, garantindo a prevenção contra três vírus da influenza: A H1N1, A H3N2 e B.
A imunização é contraindicada para indivíduos com alergia grave ao ovo ou a qualquer outro componente da fórmula ou aqueles que apresentaram história de reação anafilática em dose anterior da vacina. Em caso de doenças agudas febris moderadas ou graves, é recomendado adiar a vacinação até a resolução do quadro.
A vacinação contra a influenza pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global. Em residentes em lares de idosos, reduz o risco de pneumonia em cerca de 60%, o risco global de hospitalização em cerca de 50% e o de morte em 68%. Ela ainda pode reduzir em 40% os casos de síndrome gripal. (Fonte: G1)