Um acordo de cooperação, firmado entre o Brasil e o Japão, possibilitou a implantação de um programa inédito de logística reversa no setor de eletroeletrônicos. O projeto-piloto acaba de ser inaugurado e está em funcionamento na região da Subprefeitura Lapa, em São Paulo. Tem por objetivo coletar os materiais descartados e sensibilizar o cidadão para a importância da destinação correta desse tipo de produto.
O projeto dará destinação adequada aos equipamentos que ninguém mais quer ter em casa, a exemplo daquele liquidificador velho, da televisão antiga e da geladeira que não serve mais. Com a finalidade de oferecer solução a esse problema, entrou em ação o Descarte ON, programa-piloto executado dentro do Projeto para Melhoria da Logística Reversa de Resíduos Eletroeletrônicos (REEE) no Brasil.
Acordo setorial – Para dar uma identidade ao projeto, um simpático robô, apelidado de Descartes, está sendo usado como mascote da iniciativa. Esse acordo de cooperação reúne a Japan International Cooperation Agency (Jica) e os ministérios do Meio Ambiente (MMA) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e da prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Serviços e da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb).
O projeto-piloto, que envolverá lojas e shoppings paulistanos, “poderá trazer informações que auxiliem na negociação do acordo setorial de eletroeletrônicos, ainda em aberto”, avalia a diretora substituta de Ambiente Urbano do MMA, Sabrina Andrade. Segundo ela, essa parceria entre os governos do Japão e do Brasil ajudará a sensibilizar o cidadão para a importância do descarte correto do resíduo elétrico e eletrônico.
“Queremos evitar prejuízos ao meio ambiente e à saúde humana, e implantar um processo de logística reversa eficiente, desde a coleta e o transporte, até a reciclagem e a destinação correta do resíduo”, calcula Sabrina Andrade.
Diferencial – Poderão ser descartados todos os equipamentos eletrodomésticos, como liquidificadores, espremedores, ferros de passar e os eletrônicos de pequeno porte, tais como aparelhos de áudio e vídeo, laptops e celulares. Os objetos descartados nas lojas devem ter até 60 centímetros de largura, 50 centímetros de comprimento e 75 centímetros de altura.
O diferencial desse projeto-piloto é a possibilidade de se descartar, também, os resíduos da linha branca. Chama-se “linha branca” aos eletrodomésticos de grande porte, como geladeiras, freezers, TVs e lavadoras de roupas. A coleta desses materiais será feita nas casas das pessoas e deve começar em breve.
Não estão incluídos nesse projeto a coleta baterias, pilhas, lâmpadas fluorescentes e tonners de impressora. (Fonte: MMA)