No segundo debate envolvendo os principais agentes das questões energéticas do Paraná, foi amplamente discutido a situação frente a conjuntura nacional no ultimo dia 30 de maio no auditório da Fesp, com a participação da Itaipu, Copel, Fiep, BRDE, SEMA – Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Abiogás. O evento contou com cerca de 250 participantes, com maior foco nas questões socioambientais.
Entre os aspectos relevantes se destaca que para :
Jorge Miguel Samek, Presidente da Itaipu, o Paraná consolidou sua estrutura de geração de energia elétrica com novos desafios nas fontes alternativas, cogeração e geração localizada, biogás, energia eólica, e a energia hidroelétrica continua sendo imensa fonte para o Brasil, com cerca de apenas 40% do seu potencial utilizado, mas no Paraná os grandes projetos já foram todos aproveitados. O trabalho de Itaipu como fator de integração regional, com ênfase em suas atividades socioambientais e de atividades integradas desde o produtor rural até a transmissão de sua energia teve especial atenção como elemento de transformação.
Sérgio Luiz Lamy, Diretor Presidente da Copel Geração e Transmissão, mostrou a estrutura da Copel que está em grande parte do país e não mais é uma Empresa só do Paraná, atuando em especial no setor de geração eólica e de transmissão, demonstrando importância desta estrutura nacional para enfrentar os desafios de suprimento, bem como os avanços tecnológicos e de energia alternativa da Copel. Em relação a prioridade para os próximos anos informou que a Copel optou em mudar seu foco para priorizar investimentos no Estado do Paraná, com ênfase em novas linhas de transmissão e desenvolver projetos como do Gás Natural, com Porto de GNL em Pontal do Paraná, construção de três novas Termoelétricas a Gás Natural (Pontal, Araucária 2 e São Mates do Sul), Gasoduto da Serra do Mar e integração com o Gasbol para comercialização.
Reinaldo Victor Tockus, Superintendente da FIEP, destacou a preocupação do setor industrial com tarifas e investimentos na infra estrutura, que os empresários apoiam as ações de governo no sentido de ampliar a segurança energética bem como modernização do sistema. Os projetos de Gás Natural são vistos como alternativa segura por ser uma energia de base quando necessária. As questões ambientais de demora de licenciamentos entre outras foram consideradas limitadores do processo.
Cicero Bley , Presidente da Abiogas, criticou a falta de investimentos na região oeste com instabilidade no suprimento de energia elétrica com grandes perdas aos produtores rurais e que esta politica tem de ser revista. Enfatizou a importância de produções alternativas como o Biogás, solar e outras. Lembrou 3 grande momentos que marcam o desenvolvimento do setor no Paraná com Parigot de Souza e a construção da usina na Serra do Mar, José Richa com o click rural e agora Itaipu com sua integração social.
Paulino Mexia, Secretario Estadual do Meio Ambiente, lembrou a história do IAP e da sua perda de pessoal qualificado e capacidade de gestão, e de que estão implementando concurso para contratação de novos técnicos. As dificuldades do setor de licenciamento em especial com projetos de baixa qualidade e muitas vezes cópia, além de que o setor é prioridade de governo em todos os procedimentos.
Jorge Augusto Callado, Assessor da Diretoria do BRDE, mostrou os procedimentos do Banco em relação a sua responsabilidade socioambiental, e de que não são mais aprovados financiamentos que não apresentem sua licença ambiental bem como todos seus procedimentos. Destacou que muitas vezes o BRDE serve de filtro nestes processos fazendo diligencias junto aos órgãos ambientais. Também ressaltou as políticas internas do banco e das resoluções sobre responsabilidade socioambiental.