A capital chilena Santiago e cidades ao sul do país alcançaram no final de semana e nesta níveis críticos de contaminação atmosférica que, segundo o Ministério do Meio Ambiente, aumentam a cerca de 4 mil as mortes prematuras ao ano.
As autoridades responsabilizaram o aumento de material contaminante à fumaça gerada pelos churrascos feitos pelos chilenos para comemorar a vitória da seleção de futebol sobre a equipe do México, por 7 a 0, pela Copa América Centenário na partida do último sábado disputada nos Estados Unidos.
O ministro do Meio Ambiente, Pablo Badenier, disse em entrevista à radio Cooperativa: “As estações (de monitoramento) tiveram um pico muito alto entra as dez da noite e as três da manhã, e esses picos tão altos de concentrações observadas em um sábado à noite muito provavelmente não vêm de fontes fixas nem de fontes móveis, mas se deve a uma emissão particular. Nós acreditamos que, eventualmente, os churrascos, a calefação a lenha geraram esse pico”.
O sub-secretário do Meio Ambiente, Marcelo Mena, associou as emergências e pré-emergências por poluição dos últimos três anos com outras partidas de futebol.
Nesta segunda-feira, as autoridades decretaram a quarta pré-emergência consecutiva na grande Santiago, o que obrigada a limitação da circulação de 20% dos carros e a paralisação de 450 indústrias. A cidade de Coyhaique, a 1.700 km ao sul da capital, já está em emergência.
A pré-emergência é o segundo nível em intensidade de poluição, e é decretada quando os níveis se situam entre 300 e 499 microgramas de partículas nocivas por metro cúbico.
A partir de 500 microgramas é decretada a emergência, que implica em medidas restritivas mais severas, como proibir a circulação de uma porcentagem maior dos veículos.
No inverno, a poluição se intensifica em Santiago pelo ‘engavetamento’ geográfico, visto que a cidade é um vale rodeado por colinas e pela Cordilheira dos Andes, colocando a capital, de sete milhões de habitantes, como uma das mais poluídas da América Latina. (Fonte: G1)