A Polícia Militar Ambiental apreendeu 93 kg de peixes da espécie pintado durante patrulhamento em dois ranchos localizados em uma ilha, no Rio Paraná, em Rosana, nesta quarta-feira (24). Depois de analisados, os peixes foram doados à Associação de Amparo a Criança e Adolescente de Rosana (Aacar) e à Corrente Feminina para o Bem em Combate ao Câncer, ambas instituições sediadas no distrito de Porto Primavera.
A corporação informou que uma equipe realizava patrulhamento ambiental hidroviário no Rio Paraná, à jusante da usina hidrelétrica de Porto Primavera, e durante as fiscalizações de pescadores amadores e artesanais recebeu várias denúncias de pesca predatória na modalidade subaquática, que utiliza a técnica de mergulho. Com mede de represálias, as pessoas não quiseram se identificar, porém, em várias das denúncias, foram citados dois ranchos que ficam em uma ilha.
Diante das informações coletadas, inclusive com base em referências dos locais, a equipe chegou ao primeiro rancho, onde foi efetuado contato com o caseiro. Questionado sobre o teor da denúncia, ele informou ser pescador profissional e que possuía pescado nativo armazenado. Atendendo à solicitação dos policiais, o homem exibiu o freezer e de pronto foi presenciado em cima do mesmo um par de nadadeiras e um arbalete com uma seta. No interior do freezer, havia seis peixes nativos da espécie pintado, todos com perfurações provenientes da pesca subaquática, pesando 70,15 kg. Dois dos peixes possuíam 86 cm de comprimento cada.
A equipe apreendeu os materiais e peixes, com base em disposições da Instrução Normativa nº 26, de 2 de setembro de 2009. Uma das normas prevê como tamanho mínimo de captura para o pintado a medida de 90 cm. Foi lavrado um auto de infração ambiental no valor de R$ 2.103,00 por armazenar pescados provenientes da pesca proibida.
Em diligências realizadas no outro rancho, os policiais vistoriaram um freezer e encontraram outro pintado, com peso de 23 kg, que também havia sido submetido à perfuração de arbalete. Foi efetuado contato com o caseiro, que informou que o pescado não lhe pertencia e que desconhecia seu paradeiro. Diante dos fatos, foi apreendido o pescado. (Fonte: G1)