O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) embargou e multou em quase R$ 1 milhão duas madeireiras nos municípios de Apuí e Novo Aripuanã, no Sul do Amazonas, por fraude em sistema DOF (Documento de Origem Florestal) e por possuírem em depósito madeira em tora e serrada sem comprovação da origem. A ação de fiscalização, divulgada na terça-feira (30), foi realizada entre os dias 21 e 26 de agosto, pela Gerência de Controle Florestal.
Foram apreendidos 423,5128 metros cúbicos de madeira das espécies nativas Angelim, Cedrinho, Copaibão, Cumarú, Cupiuba, Faveira, Garapeira, Ipê, Maçaranduba, Roxinho e Sucupira. A ação resultou na aplicação de um termo de embargo/interdição e na lavratura de dois autos de infração que totalizaram R$ 986.073,80 em multas.
Em Novo Aripuanã, os infratores “esquentavam” as toras de madeira extraídas de áreas de desmatamento ilegal como se fossem do Plano de Manejo Florestal (PMFS). A fiscalização ocorreu por meio de denúncia ao Ipaam e através do acompanhamento do sistema federal DOF. Os selos presentes nas toras de madeira como se fossem legais eram fraudados e não faziam referência a nada.
“Em geral, a madeira nobre extraída do Sul do Amazonas é comercializada nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, sendo utilizadas para fabricação de pisos, decks, forros, vigamentos, portas e mobílias”, informou o Ipaam.
Como não possuem origem legal, as madeiras serão doadas para instituições filantrópicas e prefeituras cadastradas no Ipaam e geralmente são reaproveitadas para a construção civil. (Fonte: G1)