O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizaram, nesta quinta-feira (06/10), em Brasília, uma oficina de trabalho para a Elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP) de Educação Ambiental da APA do Planalto Central, Parque Nacional de Brasília (PNB) e Reserva Biológica da Contagem (DF).
A oficina teve como objetivo promover a construção coletiva de um plano de ação para o fortalecimento da gestão e o enfrentamento da problemática socioambiental nas unidades em questão. O encontro foi voltado para gestores da área ambiental, representantes do setor privado, lideranças de associações e cooperativas que atuam com agricultura familiar e organizações não governamentais. A oficina desta quinta-feira (6) serviu de base conceitual para o PPP. Está previsto para novembro um segundo encontro que irá trabalhar o disgnóstico e a questão operacional do Projeto.
Para o secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Edson Duarte, a ação articulada e compartilhada com vários atores, não só públicos como privados, é uma base importante e estratégica para consolidar o Projeto. “Ao mesmo tempo que a proposta é um grande desafio, serve de laboratório para o Brasil. É importante que trabalhemos de forma combinada porque assim ficaremos mais fortes e teremos os resultados que esperamos”, afirmou.
Para Karina Dino, coordenadora de Educação Ambiental do ICMBio, a proposta é criar um novo paradigma de atuação nas UCs onde, muitas vezes, as ações de capacitação e de educação são feitas de forma fragmentada e até mesmo em disparidade com o que propõe a legislação ambiental em vigor. “Com um PPP discutido e criado levando-se em conta a contribuição de diversos atores é possível estabelecer estratégias adequadas às especificidades das unidades”, destacou.
O processo já foi desenvolvido pelo ICMBio, em parceria com o MMA, em duas Unidades de Conservação da região amazônica, Flona de Tefé (AM) e RDS Itatupã-Baquiá (PA), no âmbito do Programa Bolsa Verde e vem apresentando bons resultados. Atualmente, as UCs têm um plano de trabalho que sistematiza as demandas e necessidades e contém ainda um detalhamento das necessidades de capacitação e ações de educação ambiental.
Como espaço educador, a Unidade de Conservação deve propiciar o diálogo, a participação democrática, a reflexão crítica sobre o dia a dia e o estabelecimento de parcerias. Além disso, deve servir como espaço para o compartilhamento de experiências e planejamento participativo que organize e integre os saberes para que todos juntos apresentem propostas que resolvam seus problemas e ajudem na realização dos sonhos comuns. (Fonte: MMA)