Astronautas dos EUA, Rússia e Japão voltam da Estação Espacial

O cosmonauta russo Anatoli Ivanishin, seu colega japonês, Takuya Onishi, e a astronauta americana Kate Rubins retornaram à Terra neste domingo (30), após 115 dias de missão na Estação Espacial Internacional (ISS).

A nave russa Soyuz MS-01 pousou com sucesso nas estepes do Cazaquistão às 3h58 GMT (1h58 de Brasília).

“A aterrissagem foi concluída!”, declararam os controladores russos. A televisão da NASA informou que a nave tocou a terra na posição vertical.

Durante a missão orbital, Robins, uma especialista em biologia molecular que aderiu ao programa espacial em 2009, sequenciou pela primeira vez DNA no espaço.

Tanto para ela quanto para Onishi, esta foi a primeira viagem para o espaço, enquanto que o comandante Ivanishin já havia realizado uma missão de cinco meses na ISS há cinco anos.

Imagens da NASA mostraram Robins sorrindo depois de ser a última a deixar o módulo espacial.

“Todo mundo está se sentindo ótimo”, disse Ivanishin em declarações traduzidas do russo.

Os três astronautas serão levados para a cidade cazaque de Karaganda, de onde Ivanishin irá para a Cidade das Estrelas, perto de Moscou, onde irá se concentrar no trabalho pós-missão. Enquanto isso, Rubins e Onishi serão levados para Houston.

O retorno do trio à Terra marca a primeira missão completa para a nova geração de naves espaciais Soyuz.

A viagem precisou ser atrasada em duas semanas porque a Rússia precisou realizar testes adicionais.

DNA no espaço – A participação de Rubins na missão gerou enorme entusiasmo e expectativa após o anúncio de seus planos de analisar o comportamento do DNA no espaço.

Em agosto, Rubins conseguiu sequenciar com sucesso o material genético de um rato, de um vírus e de uma bactéria, usando um dispositivo batizado de Minion, obtendo os mesmos resultados que em testes realizados na Terra.

A NASA indicou que esta investigação sobre o sequenciamento biomolecular poderia ajudar a identificar os micróbios potencialmente perigosos na ISS e a diagnosticar doenças no espaço.

Rubins é a primeira mulher a bordo da ISS desde que a italiana Samantha Cristoforetti retornou à Terra depois de completar uma missão de 199 dias em junho passado, um recorde feminino.

Sua compatriota Peggy Whitson, de 56 anos, vai seguir o exemplo em 17 de novembro, em uma missão que também incluirá o astronauta francês Thomas Pesquet e o cosmonauta russo Oleg Novitskiy.

Dezesseis países participam na ISS, um centro de pesquisa colocado em órbita em 1998, que custou 100 bilhões de dólares e que é financiado em grande parte pela Rússia e os Estados Unidos.

As viagens espaciais são uma das poucas áreas de cooperação internacional entre os Estados Unidos e Rússia que não foram prejudicadas pelo conflito na Ucrânia. (Fonte: G1)