A agência de exploração espacial japonesa (Jaxa) lançou neste domingo (15) um foguete experimental destinado a colocar satélites em órbita, mas pouco depois anunciou que a missão havia falhado.
“O experimento fracassou”, declarou Hiroto Habu, responsável pelo programa dentro da Jaxa, em coletiva de imprensa três horas após o lançamento.
“Vamos examinar as causas dos problemas e decidir que medidas tomar” no futuro, acrescentou, salientando, porém, que poderia aprender muito com essa tentativa.
Depois de ser adiado várias vezes devido ao mau tempo, o foguete lançador decolou no domingo pouco depois das 8h30 local (21h30 de sábado no horário de Brasília) a partir de uma base no sudoeste do arquipélago.
O foguete SS-520 Nº 4, de mais de 9 metros de altura, carregava um minissatélite de observação da superfície da terra. Depois de abortar a operação, Jaxa indicou que o foguete havia caído “na área marítima planejada”.
O fracasso ocorre após o bom desempenho durante uma dúzia de anos de modelos maiores de foguetes de fabricação japonesa (H-2A, H-2B).
O minifoguete de baixo custo é considerado o menor do mundo capaz de um satélite pôr em órbita.
O lançamento do foguete de 52 centímetros de diâmetro e menos de 10 metros de altura aconteceu no Centro Espacial de Uchinoura, na cidade de Kagoshima, mas minutos depois se decidiu não ativar a segunda etapa do voo, por não se receber informações do foguete.
O foguete de três estágios é uma versão melhorada do modelo de dois estágios SS-520 da Jaxa, e seu lançamento custa a décima parte de um convencional.
A produção e custo de lançamento deste novo veículo, um projeto liderado pela Jaxa mas no qual empresas privadas como a Canon estiveram envolvidas, se estima em cerca de 500 milhões de ienes (US$ 4,3 milhões), segundo a agência “Kyodo”.
Com um tamanho cinco vezes menor que um convencional, o foguete é projetado para pôr em órbita satélites de até 4 quilos a uma altitude de até 2.000 quilômetros.
A agência espacial japonesa tinha previsto realizar um primeiro lançamento na quarta-feira passada, mas então teve que ser adiado por questões climatológicas. (Fonte: G1)