Mais de 3.000 empresas chinesas, algumas delas públicas, descumpriam as normas de poluição do ar, conforme foi descoberto durante uma inspeção em grande escala no centro-norte do país, anunciou nesta sexta-feira (31) o Ministério do Meio Ambiente.
A inspeção foi realizada entre os meses de fevereiro e março em 18 cidades de seis províncias e municípios do centro e norte (Pequim, Tianjin, Shandong, Hebei, Shanxi e Henan), por equipes formadas por 260 inspetores, informou o Ministério em comunicado.
A investigação revelou que 3.119 empresas tinham algum tipo de problema, desde o uso de equipamentos primitivos até a falta de planos adequados para prevenir as emissões, passando pela negativa no uso de novas tecnologias.
Por exemplo, muitas áreas das cidades inspecionadas em várias províncias careciam de sistemas viáveis para reduzir ou suspender a produção industrial em dias de poluição grave.
Uma indústria da Chinalco (empresa estatal que é a maior produtora mundial de alumínio) tinha aumentado seu uso de carvão em dias altamente poluídos, apesar de que devia reduzir suas emissões. Outras companhias estatais foram surpreendidas na mesma situação.
Outro caso ocorreu na cidade de Shijiazhuang (Hebei, de quase 11 milhões de habitantes), onde várias indústrias de pequeno porte operavam sem nenhum tipo de sistema de controle da poluição, emitindo diretamente na atmosfera fumaça negra, citou o organismo em seu relatório.
Uma zona de desenvolvimento econômico na cidade de Tangshan (Hebei) tinha feito um plagiado os planos antipoluição de outras regiões, sem nem sequer mudar os nomes dos documentos originais.
As cidades chinesas, sobretudo no leste e no norte do país, sofrem com graves problemas de poluição devido ao desenvolvimento industrial desenfreado das últimas décadas, embora as autoridades tenham tentado controlar a situação nos últimos anos. (Fonte: Terra)