Um professor de biologia da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) tem um bicho de estimação exótico. A “Mafarda”, uma porco-do-mato fêmea, anda com ele para onde o professor vai. A Mafarda já virou celebridade na universidade, é difícil andar sem ser notada. Todo mundo para e quer tirar foto ou fazer um carinho nela.
Mafarda é uma porquinha bem charmosa, com nome e pompa de estrela. Ela é de interromper conversa e vira assunto principal de qualquer rodinha. “Sabe uma vassoura de piaçava? É essa a sensação de passar a mão nela. Se eu tivesse espaço para criar, eu teria um porco em casa”, disse a bióloga Natália Resck.
Apesar de todo mundo querer levar pra casa, a porquinha tem dono, e ele não vende e nem doa. Humberto sempre gostou de animais de estimação. Já tem um gavião e um cachorro. Mas o sonho dele mesmo era ter um porco. Mas, como os porquinhos domésticos geralmente são grandões, têm mais de 30 quilos, Humberto decidiu ir atrás da porquinha do mato.
“Essa é a paixão de agora e que vai pra frente, é um bicho que vai ficar comigo bastante tempo. Essa é uma espécie nativa, a gente faz um projeto de educação ambiental, então casava bastante e é um sonho realizado praticamente”, diz o biólogo Humberto Fonseca Mendes.
Há seis meses os dois se tornaram companheiros. Onde um vai, o outro vai atrás. Mafarda tem hábitos de celebridade até na alimentação. A dieta dela tem salada de frutas bem fresquinha, servida pelo pessoal que trabalha na cantina da universidade.
“É muito especial, muito diferente. Comer justo salada de frutas, é mais fitness que muita gente por aí”, disse a atendente Jéssica Batista.
Charmosa, exigente, requisitada. Coisas de estrela. “Ela é a atração da Unifal, hoje tinha muita gente parando pra ver, linda, muito linda”, disse a universitária Ana Beatriz Mamede.
Para criar um animal silvestre em casa, ele tem que ser comprado em um criadouro legalizado. Os animais vêm com microchips ou anilhas como certificação de procedência. A nota fiscal da compra é a autorização para criar o animal. Sem autorização, a pessoa comete crime ambiental. No caso da Mafarda, o Humberto encaminhou uma cópia da nota fiscal para a Polícia Militar do Meio Ambiente de Alfenas.
“Eu pretendo comprar uma casa maior e ela vai ficar comigo até morrer ou um dos dois morrerem antes né?”, completou o biólogo. (Fonte: G1)