O furacão Maria atingiu a categoria 4 por volta das 18 horas (horário de Brasília) desta segunda-feira (18) e passou a ser classificado como “extremamente perigoso” pelo Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês). Com ventos de 215 km/h, ele se desloca a 14.4 km/h.
Alertas de furacão foram emitidos para as ilhas de Porto Rico, Culebra e Vieques. Na ilha de Guadalupe, que está em estado de alerta máximo, o prefeito ordenou a evacuação das casas em áreas de risco. Às 18 horas, Maria estava a 55 km ao leste de Martinica.
A passagem do furacão Maria sobre Porto Rico, que deve ocorrer como um fenômeno de categoria 4 na escala Saffir-Simpson, que vai até 5, pode ser a de maior impacto sobre a ilha em quase um século, afirmou à Agência Efe o meteorologista local Gabriel Lojero. A última vez que Porto Rico foi atingido por um furacão de categoria 4 foi em setembro de 1932, pelo San Ciprián. Espera-se que o Maria chegue à ilha com categoria 4 entre terça e quarta-feira.
A passagem do Maria por Porto Rico seria a segunda de um furacão pela região em duas semanas. O furacão Irma, de categoria 5, não chegou a tocar terra na ilha, mas deixou importantes danos. Porto Rico ainda se recupera dos problemas de infraestrutura e no sistema elétrico provocados pelo Irma. Cerca de 4% dos usuários ainda estão sem luz, e devem continuar sem fornecimento de energia até a passagem do Maria.
Quando Maria ainda estava na categoria 3, o NHC já soou o “aviso de furacão” para Guadalupe, Dominica, São Cristóvão e Névis, Montserrat e Martinica, além de emitir uma “vigilância de furacão” para Porto Rico, Vieques e Culebra.
Além disso, advertiu que Maria poderia produzir “uma perigosa tempestade e ondas grandes e destrutivas”, as quais elevariam os níveis do mar entre 1,2 e 1,8 metro, em sua passagem pelas ilhas de Sotavento.
Furacão Irma – Ao passar pelo Caribe nos dias 5 e 6 de setembro, o furacão Irma, de categoria 5, devastou a ilha de Barbuda e provocou enorme destruição em várias outras ilhas caribenhas. Cerca de 40 pessoas morreram na região, com casos em Barbuda, Ilhas Virgens e Porto Rico.
Ao atingir a Flórida, já rebaixado à categoria 4, Irma ainda matou pelo menos mais 20 pessoas e causou milhões de dólares em prejuízos materiais.
Depois de ser acusado de falhar na prevenção durante a passagem do Irma, o ministro francês do Interior, Gérard Collomb, anunciou no domingo (17) que enviará cerca de 110 militares da Defesa Civil. Na semana passada, o presidente francês Emmanuel Macron visitou territórios franceses no Caribe afetados pelo furacão e disse que a ajuda à população local seria “prioridade máxima”.
Um segundo furacão, José, também está ativo no Atlântico e desencadeou alertas de tempestades tropicais para o nordeste dos Estados Unidos. De categoria 1, José tinha ventos de 120 km/h às 18 horas desta segunda-feira. (Fonte: G1)