Ministros do Meio Ambiente da União Europeia combinaram metas nacionais de redução de emissões de poluentes nesta sexta-feira (13) para mostrar como o bloco está cumprindo seus compromissos climáticos, antes das conversas da Organização das Nações Unidas (ONU) do mês que vem sobre o combate ao aquecimento global.
A UE, terceira maior emissora do mundo e fiadora crucial do acordo climático de Paris de 2015 para conter os gases causadores do efeito estufa, vê a adoção da legislação como essencial para sua credibilidade e influência sobre como as regras climáticas globais são escritas.
A legislação atribui às nações da UE metas para a redução das emissões de gases de efeito estufa que vão de zero a 40% para atingir o objetivo coletivo do bloco: ao menos 40% abaixo dos níveis de 1990 até 2030.
Os ministros expressaram a esperança de que um acordo sobre metas politicamente delicadas –que exigirão uma mudança econômica para uma tecnologia de baixa emissão de carbono em setores que geram muitos empregos, como transporte, agricultura e gerenciamento de dejetos – possa ajudar a destravar conversas duras sobre outras questões climáticas.
Horas de conversas sobre reformas no Sistema de Comércio de Emissões da UE, um sistema de compra de permissões de emissão para regular a poluição industrial, terminaram sem um acordo no início desta sexta-feira.
Os ministros do Meio Ambiente também estão com dificuldade para acertar regras sobre o manejo das florestas, cujo papel como sumidouros de carbono é promovido pelo pacto de Paris, assinado por 195 nações.
“Precisamos não perder de vista o sinal que esta legislação enviará internacionalmente”, disse a ministra britânica, Therese Coffey, cujo país deve sair do bloco antes de as leis entrarem em vigor, às suas contrapartes. “Isto é vital para a credibilidade da UE.”
Mas ambientalistas disseram que o acordo, que ainda precisa ser negociado com o Parlamento Europeu, não foi longe o suficiente para conter os efeitos mais graves da elevação das temperaturas, à qual se atribuem o aumento das enchentes e ondas de calor e a elevação do nível dos mares.
Eles criticaram medidas cuja meta é ajudar países europeus de renda mais baixa a cumprirem suas obrigações.
“A posição acordada está longe de adequada”, opinou Gerben-Jan Gerbrandy, deputado holandês que representará o Parlamento nas conversas para se chegar a uma lei definitiva. “Alguns governos da UE teriam que fazer poucos esforços de verdade em seus países.
Fonte: G1