Ibama e Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizaram operação para apurar fraudes na cadeia produtiva do Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32) em São Paulo. Durante a fiscalização, foram aplicados dez autos de infração, no valor de R$ 348 mil, a empresas que produziam, comercializavam ou utilizavam versão adulterada do produto. Foram apreendidos 21 equipamentos emuladores do Arla 32 e um caminhão. Duas empresas tiveram suas atividades embargadas.
O Arla 32 é uma solução usada para controlar a emissão de gases, principalmente óxidos de nitrogênio (Nox), por veículos com motores a diesel. Desde 2012, o uso do Arla 32 é obrigatório junto ao Sistema de Redução Catalisadora (SCR). Isso permite que os limites de emissão de poluentes, estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), sejam cumpridos.
Na fraude era utilizada ureia de uso agrícola, mais barata, em vez da ureia de uso automotivo. A ureia agrícola não atende às especificações exigidas. O uso de Arla 32 adulterado provoca danos ambientais, além de prejudicar os componentes do veículo, que perde sua garantia, e de aumentar o consumo de combustível. O emulador é um equipamento ilegal que interfere no sistema de controle do nível de emissões poluentes dos veículos a diesel.
Após solicitação do Ibama, a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) lançou em junho de 2016 a Cartilha de Conscientização Pública do Uso do Arla 32. O material foi produzido para informar sobre a importância da utilização adequada do sistema no controle de emissões de poluentes.
O Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) do Ibama é responsável por executar as políticas estabelecidas pelo Conama. Os limites de emissão veiculares estão disponíveis para consulta no site do Instituto.
Fonte: Ibama