Brasil apresenta política ambiental ao mundo

O governo federal inaugurou nesta segunda-feira (06/11) uma área que apresentará as políticas ambientais brasileiras ao mundo dentro da Conferência do Clima, a COP 23, que ocorre até o fim da próxima semana em Bonn, na Alemanha. O Espaço Brasil na COP 23 foi aberto pelo secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Marcelo Cruz, que chefia a delegação brasileira no evento. O objetivo é articular governo, sociedade e iniciativa privada na agenda ambiental.

Os avanços em diversas áreas da política ambiental foram apontados por Marcelo Cruz como fundamentais para que o Brasil cumpra os compromissos assumidos no contexto do Acordo de Paris sobre mudança do clima. “As metas brasileiras são ambiciosas e estamos buscando alternativas para cumpri-las”, afirmou. Considerada uma das mais robustas, a meta brasileira é reduzir 37% das emissões até 2025, com indicativo de chegar a 43% em 2030.

A redução de 16% no desmatamento da Amazônia Legal registrada neste ano e a recomposição orçamentária dos órgãos de fiscalização estão entre essas medidas. “Grande parte da meta brasileira envolve manter a floresta preservada”, explicou Marcelo Cruz.

O secretário-executivo acrescentou que, após a intensificação das operações de comando e controle na Amazônia, agora será a hora de promover o desenvolvimento sustentável na região.

PLANTADORES DE RIOS

O primeiro dia de programação do Espaço Brasil na COP 23 contou com uma apresentação do Plantadores de Rios, um aplicativo que conecta interessados em apoiar a recuperação de rios e nascentes e detentores de imóveis rurais que precisam recompor vegetação nativa. A equipe do Serviço Florestal Brasileiro, órgão vinculado ao MMA, apresentou a versão em inglês do programa com o objetivo de mobilizar sociedade e governos na iniciativa.

Também houve apresentações sobre as unidades de conservação brasileiras e o trabalho de proteção da Amazônia realizado pelo Ibama e pelo ICMBio. Ao longo das duas semanas da COP 23, serão realizados debates sobre temas como adaptação à mudança do clima, desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, combate a incêndios florestais, recuperação de vegetação nativa e recursos hídricos.

Fonte: MMA