As ações brasileiras e paraguaias de produção de energia limpa e renovável receberam o reconhecimento da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Pertencente ao governo dos dois países, a Itaipu Binacional é a única empresa latino-americana convidada a participar da 23ª Conferência das Partes (COP 23), que ocorre até o fim da próxima semana em Bonn, na Alemanha. O evento reúne mais de 190 países para avançar na implementação das medidas de combate ao aquecimento global.
Os programas desenvolvidos pela Itaipu Binacional serão apresentados em eventos paralelos na Conferência. Nesta sexta-feira (10/11), o debate abordará a geração hidrelétrica no contexto do desenvolvimento sustentável. Também será anunciada parceria da Itaipu com órgão das Nações Unidas para promover soluções em água e energia. Já no domingo (12/11) serão discutidos os serviços ecossistêmicos e a conservação da biodiversidade.
Chefe da delegação brasileira no evento, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Marcelo Cruz, destacou a importância da participação da sociedade nos debates que serão realizados e enfatizou a liderança da Itaipu na área socioambiental. “Isso demonstra uma relação clara de sustentabilidade das ações da empresa”, afirmou Marcelo Cruz.
ENGENHARIA
A participação da Itaipu Binacional na COP 23 decorre de convite da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, formalizado em agosto deste ano. A parceria representa um reconhecimento das ações sustentáveis realizadas pela empresa no Brasil e no Paraguai. “É uma engenharia diplomática. Estamos fazendo sinergias na área de recursos hídricos”, explicou Ariel Silva, superintendente de Meio Ambiente do lado brasileiro da empresa. “É um laboratório aberto de sustentabilidade”.
Na avaliação do secretariado da Convenção, a Itaipu é uma empresa que aplica ações voltadas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Uma das medidas realizadas pela empresa foi o reflorestamento das áreas contíguas ao reservatório da usina, em uma área de mais de 100 mil hectares. Além da geração de energia, o reservatório abastece municípios e é usado em atividades turísticas, agropecuárias e de produção de peixes.
Entre os destaques, também está o programa Cultivando Água Boa, executado em parceria com o governo federal e órgãos estaduais e municipais. A iniciativa engloba ações socioambientais para a conservação dos recursos naturais e para a promoção da qualidade de vida nas comunidades da Bacia Hidrográfica do Paraná 3, região conectada com o reservatório da usina de Itaipu.
Localizada na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, a Itaipu é responsável pelo abastecimento energético de 60 milhões de pessoas em 54 municípios dos dois países. A geração registrada no ano passado responde por 17% do consumo de energia elétrica em território brasileiro e 78%, no Paraguai. O tratado entre os dois países que resultou na construção da usina foi firmado em 1973.
Fonte: MMA