Projetos de sustentabilidade do governo de Brasília contarão com 6,4 milhões de dólares. O aporte será possível graças ao acordo de cooperação assinado nesta quinta-feira (29) entre o Executivo local, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a organização social Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
A ideia é aplicar o dinheiro em iniciativas como a remediação do antigo lixão da Estrutural e o fortalecimento da matriz fotovoltaica no Distrito Federal.
Os recursos são do Fundo Mundial para o Meio Ambiente, do Pnuma, e o repasse ao DF se dará por meio do CGEE. A organização foi contratada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações e ficará responsável pelos pagamentos.
Ao governo de Brasília caberá a execução das medidas, a elaboração de termos de referência e demais procedimentos.
A cerimônia ocorreu na sede do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Lago Sul. Assinaram o documento o secretário do Meio Ambiente, Igor Tokarski; o diretor do programa GEF Cidade Sustentável, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações, Guilherme Wiedman; e o diretor do CGEE Gerson Gomes.
Os investimentos vão garantir qualidade de vida para as próximas gerações, como destacou o secretário do Meio Ambiente, Igor Tokarski. “O convênio eleva Brasília a uma condição de ações que visam à agenda de sustentabilidade. Essa cooperação vai nos auxiliar a viver em uma cidade ainda melhor, com questões de vanguarda.”
Os valores se somam aos 50 milhões de dólares já investidos pelo Executivo por meio da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e do Serviço de Limpeza Urbana (SLU).
Esse montante refere-se ao que o DF já investe em diversas frentes de medidas de sustentabilidade e configuram contrapartida garantida pela administração pública.
Uma das ações a serem implementadas, com percepção direta da comunidade, é a consolidação do Sistema Distrital de Informações Ambientais.
Segundo a subsecretária de Serviços Ecossistêmicos, da Secretaria do Meio Ambiente, Nazaré Soares, ele permitirá acessar dados ambientais com base aberta. “Qualquer pessoa vai poder consultar licenças, planos de manejo e estudos aprovados”, explicou.
Estudos sobre a recuperação da área em que fica o antigo lixão da Estrutural também são prioridade para o investimento. A expectativa é que ele já tenha sido contratado até meados de maio.
Os recursos ficarão divididos assim:
- 4.903.663 dólares para investimento direto
- 462.229 dólares para suporte administrativo
- 1.040.780 dólares para custeio de equipe técnica
Os investimentos diretos previstos são para:
- Restauração de 60 hectares de nascentes nas regiões prioritárias do Descoberto e Serrinha do Paranoá (360.568 dólares)
- Sistema Distrital de Informações Ambientais (1.101.980 dólares)
- Elaboração do diagnóstico de contaminação do lixão e proposta de remediação do lixão da Estrutural (524 dólares)
- Realização da Virada do Cerrado com estruturação dos comitês de meio ambiente locais (4340 dólares)
- Realização de estudos referentes a mudanças climáticas (348 dólares)
- Estudos para o modelo de negócios de energia fotovoltaica e implementação de usina solar (120.814 dólares)
- Ações prioritárias na região do Lago do Descoberto (631.090 dólares)
Fonte: Agência Brasilia , Raquel Flores