Dia Internacional da Tartaruga Marinha

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Ainda na década de 50, o biólogo, ecologista, escritor da natureza e pesquisador das tartarugas marinhas, Archie Carr, deu início a um importante trabalho em Tortuguero, na Costa Rica: o de estudar e compreender o ciclo de vida e comportamento das tartarugas marinhas. No saldo ficou a publicação de 10 livros que difundiram a importância da conservação desses animais marinhos em todo o mundo.
A data de seu aniversário – ele nasceu em 16 de junho de 1909 – vem sendo celebrada como o Dia Internacional das Tartarugas Marinhas, como homenagem a quem deu os primeiros passos para conservar essas ilustres habitantes do mar.
No Brasil as sementes plantadas pelo trabalho de Carr se refletem em um Projeto também pioneiro e reconhecido internacionalmente pelas ações de conservação marinha – o Projeto TAMAR.
archie carr credito FWSFruto da união de esforços entre o Centro TAMAR/ICMBio e a Fundação Pró-TAMAR, o Projeto TAMAR tem sido utilizado como modelo para outros países, sobretudo por envolver as comunidades costeiras diretamente no seu trabalho socioambiental, e pela execução conjunta entre governo e sociedade civil organizada.
Para o Coordenador do Centro TAMAR/ICMBio, Joca Thomé, os avanços brasileiros para proteção das tartarugas marinhas são vários, com destaque para o mais recente – que foi a publicação em novembro de 2017 da Portaria Interministerial 74/2017 (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e Ministério do Meio Ambiente).
A norma estabeleceu medidas mitigadoras para reduzir a captura incidental, bem como a mortalidade de tartarugas marinhas por embarcações pesqueiras que operam na modalidade espinhel horizontal de superfície. “Um ganho para a proteção maior das cinco espécies que ocorrem no litoral brasileiro”, frisa Joca.
O Centro TAMAR ICMBio é, ainda, o representante brasileiro no Comitê Consultivo da Convenção Interamericana para Conservação das Tartarugas Marinhas, que conta hoje com 17 países signatários, com atuação predominante do Brasil desde 1996. Como são migratórias, as espécies devem ter ações de proteção compartilhadas entre Brasil e outros países.
Tanto que o Comitê atua, tecnicamente, em rede com países do cone sul, compondo a Rede ASO (Atlântico Sul-ocidental) tendo como objetivos a padronização de métodos e o compartilhamento de informações. “Já participamos de dois workshops com países africanos, e os recebemos para capacitação, com o mesmo objetivo de ação transnacional”, explica Joca.
Outra atuação é a consolidação do Plano de Ação para Conservação das Tartarugas Marinhas (PAN Tartarugas Marinhas), coordenado pelo ICMBio e que teve seu segundo ciclo de execução aprovado em 2017.
Fonte:ICMBio