Situado em uma ilha desabitada do arquipélago de Galápagos, o vulcão La Cumbre entrou em erupção neste sábado (16), mas sua atividade não implica um “impacto significativo” na biodiversidade – informou o diretor do Parque Nacional Galápagos, Jorge Carrión.
Por volta das 9h do Equador continental (11h em Brasília), “começou uma sequência de sismos muito próximos e, depois, a erupção” do vulcão, situado na ilha Fernandina, afirmou Carrión.
De acordo com um boletim do Instituto Geofísico, foram registrados nove sismos entre 2,5 e 4,1 graus de magnitude em Fernandina, a ilha mais jovem de Galápagos, habitada por iguanas terrestres e marinhas, roedores endêmicos, cobras, pinguins e tentilhões.
“Há algumas espécies que poderiam ser afetadas. Mas, com o fluxo (de lava) em uma única direção, em um único flanco da ilha, os possíveis efeitos não terão impacto significativo sobre a biodiversidade”, acrescentou Carrión.
Até o momento, vê-se uma coluna de fumaça sobre a cratera do vulcão La Cumbre e um fluxo de lava que desce pelo flanco norte. O vulcão, de 1.476 metros de altitude, ocupa quase toda ilha, que tem uma superfície de 642 km2.
O diretor do Parque Nacional Galápagos (PNG) indicou que não está prevista a retirada de animais da ilha.
A última erupção do vulcão La Cumbre foi em 4 de setembro de 2017.
O arquipélago de Galápagos serviu de laboratório para o naturalista inglês Charles Darwin para desenvolver a teoria sobre a evolução das espécies.
Galápagos é parte da reserva da biosfera do planeta e um dos ecossistemas mais frágeis com flora e fauna únicas no mundo.
Fonte: AFP