Área de preservação da Mata Atlântica é destruída e loteada irregularmente em SP

Uma área de Mata Atlântica que deveria estar sendo preservada na Zona Sul de São Paulo na verdade está sendo desmatada. Segundo relatório da Secretaria Municipal do Verde e do Meio-Ambiente, três terrenos na região que são áreas públicas de preservação ambiental estão sendo loteados irregularmente.

As áreas de proteção estão localizados no Jardim Shangrilá, no Grajaú, no Parque Florestal, em Parelheiros, e no bairro do Colônia, em Parelheiros.

Na área Bororé-Colônia, de 90 km quadrados no Grajaú, são encontrados restos de construção, lixo, madeira e entulho, além de muitas árvores derrubadas. Os moradores da região contam que o desmatamento começou com uma tentativa de ocupação no início de 2018.

Há até barracos na área, com roupas no varal, cobertor, fogão, um colchão, algumas caixas de papelão.

Já no trecho de Parelheiros, que também é área pública, há uma área desmatada e ainda uma placa com ameaças a quem se aproximar do terreno feitas por alguém que acha ser dono do local, além de uma vasta área desmatada.

Na área também há outro loteamento irregular, com sinais de demarcação, árvores cortadas e fios de divisão do terreno. Um morador da região, que não quis se identificar, diz que cerca de 14 pessoas chegam ao local de madrugada para realizar a derrubada das árvores.

Relatório da Prefeitura mostra destruição em área de preservação desde início de 2018 (Foto: TV Globo/reprodução)

Relatório da Prefeitura mostra destruição em área de preservação desde início de 2018 (Foto: TV Globo/reprodução)

Um relatório da Secretaria do Verde e do Meio-Ambiente confirma a demarcação irregular de lotes na área de preservação. Os técnicos estiveram no local em maio, tiraram fotos e alertaram que a área “vem sendo alvo de uma série de danos e crimes ambientais nos últimos anos”.

“Mas que, desde janeiro, o desmatamento se intensificou de maneira significativa gerando uma grande perda de biodiversidade da Mata Atlântica”, diz o documento.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo diz que a fiscalização das áreas de proteção é feita com apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, da Guarda Civil, da Cetesb, de Conselhos Gestores e da Polícia Militar Ambiental e que as multas para quem desmatada unidades de conservação são “mais pesadas”.

Fonte: SP1