Meio ano após o chamado eclipse lunar do século encantar o mundo, um novo espetáculo ocorrerá nos céus na madrugada da próxima segunda-feira (21/01). O eclipse lunar, que será o único total de 2019, será completamente visível nas Américas do Sul e do Norte e em partes da Europa e da África.
Para um eclipse lunar ocorrer, Sol, Terra e Lua devem ficar alinhados, nesta ordem. No Brasil, o fenômeno deve ser mais visível a partir da 1h33 da manhã (horário de Brasília), quando a Lua começará a entrar na região atrás da Terra chamada de umbra, em que não há iluminação direta do Sol. À medida que a Lua se mover, será possível vê-la escurecendo.
Às 2h41 (horário de Brasília), o satélite estará completamente localizado na sombra da Terra, marcando o início do eclipse lunar total, de acordo com informações divulgadas pela Nasa. Neste momento, a Lua começará a ter uma coloração laranja-avermelhada.
Devido à cor e ao tamanho maior que o habitual da Lua, o fenômeno que ocorrerá na próxima segunda é chamado popularmente de “superlua de sangue”.
Será uma “superlua” porque quando o eclipse lunar ocorrer, a Lua estará e sua fase cheia e no ponto de sua órbita mais próximo à Terra, a “apenas” 357.340 quilômetros de distância.
A coloração laranja-avermelhada, que também foi vista no eclipse de julho do ano passado, se deve à atmosfera terrestre. Quando a luz solar incide na atmosfera, as moléculas de ar dispersam os raios azuis, o que faz o céu parecer dessa cor, e deixam sobretudo raios vermelhos para trás. Estes são refratados para a sombra da Terra.
“Podemos ver a luz vermelha durante um eclipse pois ela recai sobre a Lua na sombra da Terra. Este mesmo efeito é o que dá a amanheceres e pores-do-sol uma cor laranja-avermelhada”, diz um texto sobre o fenômeno divulgado no site da Nasa. A intensidade da cor depende da quantidade de umidade, poeira e outras partículas presentes na atmosfera.
Às 3h43 da manhã (horário de Brasília), a extremidade da Lua começará a sair da sombra da Terra. Às 4h50 da manhã, a Lua estará completamente fora da umbra e continuará se movendo pela penumbra – região em que apenas parte da luz solar é bloqueada – até as 5h48, quando o eclipse chega ao fim.
Eclipses lunares ocorrem, em média, duas vezes e meia por ano, mas nem sempre que a Lua ingressa na sombra da Terra ocorre um eclipse total. Para isso, além de estar cheia, a Lua precisa ficar completamente na região da umbra, ou seja, ser completamente encoberta pela Terra. Dependendo da quantidade de nuvens no céu, o fenômeno pode ser visto a olho nu.
O eclipse da próxima segunda será mais fácil de observar no Brasil do que o de julho passado, que começou às 16h30 no horário de Brasília – momento em que a Lua ainda não havia nascido, o que encurtou o tempo de visibilidade do fenômeno.
Além do eclipse lunar total de janeiro, 2019 terá ainda um eclipse lunar parcial em 16 de julho, que será visto em grande parte da Europa e da Ásia, assim como na Austrália, na África e em parte das Américas. No Brasil, o fenômeno deve ser pouco visível.
Ocorrerá também um eclipse total do sol em 2 de julho, que será visível quase que exclusivamente na América do Sul, mais especificamente no Chile e na Argentina. Em 26 de dezembro, um eclipse solar do tipo anelar poderá ser visto sobretudo na Ásia e na Oceania.
Fonte: Deutsche Welle