Ministro do Meio Ambiente visitou parque nesta quinta-feira (30). Unidades de conservação são administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
O ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, disse nesta quinta-feira (30) que a Floresta Nacional de Brasília (Flona) será concedida à iniciativa privada junto com o Parque Nacional. Salles explicou que o ministério trabalha para que a concessão seja realizada ainda neste ano.
“A ideia agora é também agregar à concessão do Parque Nacional a Flona, que é contígua, vizinha ao parque, aumentando ainda mais as possibilidades diárias de lazer, de investimentos, de atrativos para essa região, já que é superbonita”, disse o ministro.
Com isso, o Parque Nacional de Brasília e a Flona passarão a ser administrados por entidades privadas. Atualmente, as unidades de conservação estão sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ligado ao Ministério do Meio Ambiente.
Segundo o ministro, a iniciativa privada tem mais agilidade para administrar os parques e mais recursos para investir. Conforme Salles, a pasta trabalha para conceder os parques nacionais pelo período de 15 anos.
Além do Parque Nacional de Brasília, o ministro disse que a pasta trabalha para conceder à iniciativa privada outros parques nacionais do país como os dos Lençóis Maranhenses, no Maranhão; Jericoacoara, no Ceará; e Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso.
“São as unidades que nós entendemos que tem grande potencial de turismo e ‘subutilizadas’, ‘subvisitadas’. A gente entende que essa é uma grande oportunidade para os brasileiros”, afirmou Salles.
Anúncio de Obras
O ministro Ricardo Salles anunciou a destinação de R$ 2,5 milhões para obras de reformas na infraestrutura no Parque Nacional de Brasília. No entanto, ainda não existe prazo para a entrega das melhorias na estrutura.
O pregão eletrônico para contratação da empresa que fará o projeto foi realizado nesta quinta (30), pela Caixa Econômica Federal. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a empresa vencedora, que será divulgada até a metade de agosto, deve assinar o contrato no final do próximo mês.
De acordo com o edital, a empresa terá até 2021 para entregar o projeto, o custo é de R$ 360 mil. Só depois disso será iniciada a licitação para a contratação da empresa responsável pelas obras.
Serão realizadas melhorias no centro de visitantes, no mirante do parque e nas guaritas. O projeto prevê também a construção de uma passagem suspensa para evitar o atropelamento de animais.
O dinheiro para as obras vêm do Fundo de Compensação Ambiental, administrado pela Caixa Econômica Federal. São recursos vindos da compensação ambiental e usados para criar ou administrar unidades de conservação de proteção integral.
A compensação é prevista na lei que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Os responsáveis por empreendimentos com significativo impacto ambiental, como a construção de grandes fábricas ou hidrelétricas, pagam um percentual do valor do empreendimento.
Parque Nacional de Brasília
Também conhecido como Água Mineral, o Parque Nacional de Brasília tem 42 mil hectares e é uma importante área de preservação da fauna e da flora do cerrado. No local existem espécies em extinção como o lobo-guará, o tatu campestre e o tamanduá-bandeira.
Criado em 1961, a unidade abrange as regiões Sobradinho e Brazlândia, no DF, e o município goiano de Padre Bernardo. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 250 mil pessoas visitam o local anualmente.
Além da diversão nas piscinas, o parque protege ecossistemas típicos do Cerrado e abriga as bacias dos córregos formadores da represa Santa Maria. A bacia é responsável pelo fornecimento de 25% da água potável que abastece o Distrito Federal.
Floresta Nacional de Brasília
A Floresta Nacional de Brasília (Flona) foi criada em 1999 como uma medida de proteção das nascentes que mantêm a bacia do Descoberto. Ela fica a 22 km do centro da capital, e não há cobrança de entrada para os visitantes.
A área de visitação fica ao lado da BR 070, próximo à Taguatinga. O espaço tem diversas trilhas: a maior, em formato circular, tem 44 quilômetros de extensão, totalmente sinalizados, e apresenta diferentes níveis de dificuldade.
A Floresta Nacional oferece ainda opções de circuitos menores de 30, 20, 10 e 5 quilômetros, podendo ser utilizadas por pessoas de todas as idades.
Fonte: G1