Após passar 13 meses como diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o cientista aeronáutico Darcton Policarpo Damião será substituído pelo engenheiro eletricista Clezio Marcos De Nardin. A nomeação foi feita pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, em publicação no Diário Oficial da União desta sexta-feira (2).
Mas a trajetória de Nardin no Inpe não começa agora. Em 1997, ele se tornou mestrando em geofísica espacial no Instituto, logo após se formar em engenheria elétrica pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul. Concluiu o mestrado em 1999, com uma pesquisa sobre o desenvolvimento de um sistema para o Radar Ionosférico de São Luís, equipamento que pode ajudar a avaliar, por exemplo, a previsão do clima no espaço, tema de interesse de Nardin.
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Também em 1999, tornou-se doutorando do Inpe, mais uma vez especilizando-se em geofísica espacial com um estudo sobre a eletrodinâmica da ionosfera equatorial (camada da atmosfera localizada a uma altura de 60 a mil quilômetros em regiões próximas à linha do Equador) em períodos de atividades solares intensas. O doutorado foi concluído em 2003 e, no ano seguinte, realizou um pós-doutorado no Inpe, tornando-se também pesquisador adjunto da instituição. O cargo foi ocupado até 2008, quando passou em um concurso público para ser pesquisador associado.
Em 2010, especializou-se em gestão estratégica da ciência e da tecnologia de Institutos de Pesquisa Públicos (IPPs) pela Fundação Getúlio Vargas e, no ano seguinte, tornou-se pesquisador titular do Inpe, seu título atual.
Até ser anunciado como novo diretor do Inpe, Nardin ocupava a cordenação-geral de Ciências Espaciais e Atmosféricas (CGCEA) do Instituto. Entre outros cargos de liderança, segundo seu currículo na plataforma Lattes, o engenheiro eletricista também foi gerente geral do Programa Embrace (2012-2018), presidente da Sociedade Brasileira de Geofísica Espacial e Aeronomia (2013-2016) e vice-diretor do International Space Environment Service (2016-2019).
Atualmente, também atua como vice-presidente da Associação Latino-americana de Geofísica Espacial (ALAGE) e representa o Brasil em dois projetos de órgãos internacionais: o Inter-Programa sobre Informação, Sistemas e Serviços do Clima Espacial (IPT-SWeISS), da Organização Meteorológica Mundial, e o Grupo de Expertos em Clima Espacial do Comitê para o Uso Pacífico do Espaço Exterior, da Organização das Nações Unidas (ONU).
Fonte: Galileu