Foguete da SpaceX lança satélite que vai monitorar nível dos oceanos

O Sentinel-6 Michael Freilich, desenvolvimento por cientistas europeus e da Nasa, será o principal instrumento de monitoramento dos mares e do clima no planeta.

Ilustração representa o Sentinel-6 Michael Freilich orbitando a Terra (Foto: NASA)

Um satélite desenvolvido por cientistas europeus e norte-americanos foi lançado ao espaço neste sábado (21) para realizar, entre outras coisas, uma missão importante: monitorar o impacto das mudanças climáticas nos oceanos do planeta. Batizado como Sentinel-6 Michael Freilich — em homenagem ao oceanógrafo e ex-diretor da Nasa que faleceu em agosto de 2020 —, o instrumento decolou às 14h17, a bordo do foguete Falcon 9, da SpaceX, diretamente da base aérea Vandenberg, na Califórnia (EUA).

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O Sentinel-6 tem o tamanho de um veículo pequeno do tipo pickup e vai dar prosseguimento a dados sobre o nível do mar coletados nos últimos 30 anos por outros satélites dos Estados Unidos e da Europa. Ele também vai fornecer informações mais precisas sobre previsão do tempo e condições de navegação. “A Terra está mudando, e esse satélite vai ajudar a aprofundar nosso entendimento de como [isso está ocorrendo]”, comentou Karen St. Germain, diretora da Divisão de Ciência da Terra da Nasa, em nota.

Sentinel-6 Michael Freilich encapsulado no foguete da SpaceX (Foto: NASA/Randy Beaudoin)

O lançamento neste sábado foi um sucesso: controladores em solo conseguiram captar o sinal do satélite e relatórios apontam que ele está em bom estado. Agora, o Sentinel-6 vai passar por uma série de checagens e calibrações antes de começar a coletar dados — o que só deve acontecer em alguns meses. 

Inicialmente, o Sentinel-6 Michael Freilich está orbitando a 20,1 quilômetros; mas deve chegar a 1336 quilômetros quando começar a operar. Em menos de um mês, o satélite receberá comandos para aumentar sua órbita. Os cientistas por trás da missão vão cruzar os dados do novo satélite com os do Jason-3 para o monitoramento do nível do mar, e eventualmente o Sentinel-6 passará a ser o satélite principal para esse tipo de informação.

Fonte: Galileu