A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou nesta quinta-feira (28) que o Brasil será um “parceiro-chave” dos esforços dos Estados Unidos em combater as mudanças climáticas.
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“Essa é uma grande prioridade do presidente Biden e foi por isso que ele pediu ao seu amigo, o ex-secretário [John] Kerry, para que liderasse nossos esforços climáticos internacionais. E, certamente, o Brasil será um parceiro chave nisso”, disse Psaki.
A declaração foi dada um dia depois de o presidente Joe Biden anunciar um ambicioso plano para o meio ambiente e contra o aquecimento global, que inclui uma tentativa de transição energética nos Estados Unidos (leia mais no fim da reportagem). Além disso, assim que tomou posse, o novo ocupante da Casa Branca recolocou o país no Acordo de Paris.
Antes das eleições, Biden disse que a floresta brasileira estava sendo devastada e propôs oferecer ao Brasil US$ 20 bilhões para interromper o desmatamento sob pena de o país sofrer “consequências econômicas”. A fala foi rechaçada por integrantes do governo brasileiro, inclusive pelo presidente Jair Bolsonaro.
Pacote ambiental de Biden
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou na quarta uma série de medidas que marcam uma guinada em relação à política ambiental adotada por seu antecessor, Donald Trump.
As ordens executivas assinadas nesta quarta-feira estabelecem:
- O governo federal não vai autorizar novas perfurações de petróleo e gás em suas terras e os contratos já existentes serão rigidamente revistos
- Será eliminado o subsídio federal aos combustíveis fósseis
- Carros e caminhões da frota do governo federal devem ser substituídos por veículos elétricos
- Um conselho interagências de justiça ambiental será criado para lidar com as desigualdades raciais e econômicas exacerbadas pelas mudanças climáticas e poluição do ar e da água
Biden também apresentará ao Congresso no mês que vem um plano de US$ 2 bilhões para o clima, com o qual deseja instalar permanentemente medidas ‘verdes’ dentro da economia americana. No entanto, a relutância de alguns republicanos deve marcar a oposição a esses planos, embora um acordo entre os dois partidos seja possível, segundo especialistas.
Fonte: G1