Cientistas norte-americanos comemoram a clonagem de uma espécie de doninha ameaçada de extinção — a doninha-de-patas-pretas —, e o procedimento foi possível com o uso de células que estavam congeladas há três décadas. O animal foi clonado ainda no ano passado, nascendo no dia 10 de dezembro, e foi batizado de Elizabeth Ann.
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De acordo com o instituto de preservação da vida selvagem, U.S. Fish & Wildlife Services, os pesquisadores usaram as células de uma doninha-de-patas-pretas chamada Willa, que morreu em 1988 e teve as suas células criopreservadas. A clonagem fica marcada como a primeira vez em que espécies ameaçadas de extinção são clonadas nos Estados Unidos, e o animal poderá trazer uma diversidade à população da espécie.
Ryan Phelan, diretor da organização de conservação Revive & Restore, que também esteve envolvida na clonagem junto ao Fish & Wildlife Services, conta que foi um comprometimento ver essas espécies sobrevivendo na natureza. “Ela é uma conquista para a biodiversidade e para o resgate genético”, diz Phelan sobre o sucesso da conquista.
Antigamente, acreditava-se que as doninhas-de-patas-pretas já estavam extintas, mas pesquisadores encontraram uma pequena população delas em 1981. Com a descoberta, foi possível que conservacionistas começassem programas de reprodução em cativeiro para manter a espécie viva. Hoje, cerca de 250 a 350 doninhas vivem em cativeiro e outras 300 estão em ambientes de reintrodução à natureza.
Ao redor do mundo, outros animais ameaçados de extinção já foram clonados, como o bisão indiano, ainda em 2001, coiotes selvagens em 2012, e cabras selvagens em 2009.
Fonte: Canaltech