‘Fim do mundo’. Pequim enfrenta a maior tempestade de areia da década

Na Mongólia, seis pessoas morreram vítimas da tempestade e 81 foram declaradas desaparecidas, anunciaram as autoridades locais. (Crédito: Reprodução/Divulgação)

Pequim registou nesta segunda-feira (15) uma grande tempestade de areia, a maior dos últimos 10 anos, que provocou o cancelamento de 350 voos e agravou ainda mais a poluição. O fenômeno provocou um resultado perigoso para a saúde e reduziu a visibilidade em centenas de metros.

As tempestades de areia, procedentes do deserto de Gobi, são frequentes na primavera no norte da China, mas os moradores da capital não observavam o céu tão carregado em muitos anos. Na Mongólia, seis pessoas morreram vítimas da tempestade e 81 foram declaradas desaparecidas, anunciaram as autoridades locais.

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A autarquia de Pequim, cidade de mais de 20 milhões de habitantes, suspendeu todas as atividades desportivas ao ar livre nos centros de ensino e aconselhou as pessoas que sofrem de problemas respiratórios a não saírem de casa. Porém, a maioria dos moradores seguiu para o trabalho com as cabeças cobertas e alguns até com óculos de proteção ou redes para o cabelo.

A situação dificultava a visibilidade de alguns edifícios emblemáticos, como a Cidade Proibida ou a sede da televisão nacional, com o topo de 234 escondido atrás da névoa. Na rede social Weibo, os chineses transformaram o fenômeno em um dos principais temas do dia.

O site especializado aqicn.org considera “perigosa” a qualidade do ar. No início da manhã, o nível de partículas PM10 era quase 20 vezes maior que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O nível das partículas PM2,5, ainda mais nociva, chegou a 560, um nível poucas vezes registado nos últimos anos em Pequim.

Os episódios de poluição extrema tornaram-se menos frequentes nos últimos anos na capital chinesa, onde o combate à a poluição se tornou um dos maiores desafios para o país, que deseja alcançar a neutralidade de carbono até 2060. Um dos fatores que explicaria o fenômeno pode ser a falta de chuvas nos últimos dias.

Fonte: IstoÉ