O fundador da Amazon e pessoa mais rica do mundo, Jeff Bezos, de 57 anos, viajou ao espaço ao lado de três acompanhantes a bordo da cápsula New Shepard, da sua empresa Blue Origin, que chegou a 107 quilômetros de altitude antes de voltar à superfície.
Dentro da cápsula fabricada pela Blue Origin, empresa aeroespacial criada por Bezos no ano 2000, o empresário viajou ao lado do irmão Mark Bezos, da aviadora de 82 anos Wally Funk e de Oliver Daemen, estudante holandês de 18 anos que ganhou a viagem de presente do pai, o multimilionário Joes Daemen.
O bilionário e os demais passageiros decolaram às 8h13 (10h13 em Brasília), com 13 minutos de atraso em relação à hora prevista por causa de revisões técnicas de último minuto. O lançamento ocorreu numa plataforma nos arredores da cidade de Van Horn, no oeste do Texas.
Do lançamento ao pouso, o voo durou pouco mais de dez minutos, com todos os tripulantes retornando em segurança após a experiência espacial.
Durante o trajeto, a cápsula na qual estavam os passageiros se separou do foguete propulsor ao alcançar 76 quilômetros de altitude para então continuar a percorrer os 30 quilômetros restantes.
Uma vez concluída a viagem, a cápsula com os quatro ocupantes aterrissou num local deserto próximo à plataforma de lançamento. Momentos antes, o foguete voltou à base.
“O melhor dia de todos!”, exclamou Bezos, dentro da cápsula, após a aterrissagem.
Mercado de 3 bilhões de dólares
Bezos fundou a Blue Origin há duas décadas. Este foi o primeiro voo tripulado da empresa ao espaço.
Ao contrário do voo feito na semana passada pelo magnata Richard Branson, a viagem de Bezos superou a linha imaginária de Karman, situada a 100 quilômetros do nível do mar e que alguns setores científicos aceitam como a divisão entre a atmosfera terrestre e o espaço sideral.
O voo de Branson, numa missão de sua empresa Virgin Galactic, durou cerca de 20 minutos e chegou a 89 quilômetros de altitude, acima da marca de 80 quilômetros, que é considerada pelos Estados Unidos como a fronteira do espaço.
Ambos os voos indicam o que será a disputa pelo mercado de voos espaciais, um setor que o banco suíço UBS previu que valerá 3 bilhões de dólares por ano daqui a uma década.
Fonte: Deutsche Welle