Um enorme peixe redondo, com mais de um metro e meio de comprimento, 45 kg e uma bela coloração laranja brilhante, apareceu em uma praia deserta no norte de Oregon, nos Estados Unidos.
O animal foi encontrado já sem vida nas areias da praia, mas tem intrigado bastante as autoridades locais, já que não é uma espécie comum dessa localidade.
Especialistas do Seaside Aquarium, um aquário localizado no norte do Oregon, apontaram que se trata de um indivíduo de uma espécie conhecida localmente como Opah, também chamada peixe-lua, mas sem relação com a espécie mais comum encontrada no Brasil.
Segundo a gerente assistente do aquário, Tiffany Boothe, esse foi o primeiro animal do tipo a ser avistado na área. Segundo ela, não estava claro como o peixe morreu, mas ele estava “em ótimas condições”.
Como chegou lá?
Boothe acredita que esse seja um sinal de que o peixe estava perto da costa dos Estados Unidos quando morreu. A descoberta foi imediatamente postada na página oficial do aquário no Facebook e causou certa comoção, mas uma pergunta ficou no ar: como um peixe que é mais frequente nas águas do Havaí e da África Ocidental apareceu no Oregon, que fica no noroeste do Pacífico?
De acordo com a bióloga da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA Heidi Dewar, o transporte desse peixe, que é mais frequente em águas tropicais e subtropicais, pode ser um efeito das mudanças climáticas. Segundo ela, alguns organismos marinhos estão se movendo para o norte por conta do aumento da temperatura do oceano.
Animal de sangue quente
Destacando-se por suas belas escamas brilhantes, em geral, com coloração laranja ou prateada, o Opah é um ágil predador de águas profundas, que pode chegar a medir mais de 1,80 metros de comprimento e pesar cerca de 140 quilos. Além disso, os opah são os únicos peixes conhecidos pela ciência que têm sangue quente.
No entanto, por ser um animal de águas profundas, algumas informações básicas sobre a sua biologia permanecem um mistério, como sua expectativa de vida e sua dieta. Por isso, o animal recolhido na praia do Oregon será usado para se aprender mais sobre a espécie. O animal será congelado até o final deste ano e, em seguida, deve ser dissecado.
O conteúdo do estômago pode ajudar a determinar o que esses peixes comem e, em relação a este indivíduo, de que região exatamente ele veio. Já o esqueleto do animal deve ser preservado e colocado em exibição no Museu Marítimo do Rio Columbia, em Astoria, também no estado do Oregon.
Fonte: Olhar Digital