Polícia Ambiental captura cobra falsa-coral dentro de piscina de residência em Presidente Prudente

Após o resgate, o réptil foi levado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), no Parque Ecológico da Cidade da Criança.

Cobra falsa-coral (Erythrolamprus aesculapii) foi capturada em piscina — Foto: Polícia Militar Ambiental

A Polícia Militar Ambiental capturou nesta quarta-feira (16) uma cobra falsa-coral que estava dentro de uma piscina em uma residência no bairro Jardim Alto da Boa Vista, em Presidente Prudente (SP).

Os policiais foram acionados pelo morador do imóvel, que solicitou o comparecimento da corporação ao local após deparar-se com a presença da cobra na piscina.

Quando chegaram à casa, os militares constataram que se tratava de uma falsa-coral (Erythrolamprus aesculapii).

Após o resgate, os policiais encaminharam o réptil ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), no Parque Ecológico da Cidade da Criança, em Presidente Prudente.

Após passar por avaliação de um médico veterinário e um biólogo, a cobra deverá ser reintroduzida na natureza, se estiver em condições.

A Polícia Ambiental ressaltou a importância de não matar animais silvestres e orientou as pessoas a sempre acionar a própria corporação ou o Corpo de Bombeiros para realizar a captura.

Amplamente distribuída no Brasil, a falsa-coral é uma das 52 espécies de serpentes não peçonhentas que apresentam o padrão coralino ou, então, o tom avermelhado em sua coloração.

Muito comuns em várias regiões do território brasileiro, os indivíduos apresentam atividade diurna e terrícola. Quando adultos, alimentam-se de outras cobras e, quando jovens, predam pequenos lagartos.

Como forma de defesa, a falsa-coral pode achatar o corpo e enrodilhar a cauda, um tipo de comportamento que também é adotado por corais-verdadeiras.

Não peçonhenta, a serpente não está envolvida com acidentes graves, mas ainda oferece risco ao humano. Portanto, em caso de ataques, é necessário recorrer a postos de atendimento para ser medicado com uma dose do soro específico. A quantidade é igual tanto para crianças quanto para adultos e o número de ampolas deve ser proporcional à gravidade do acidente.

“A Polícia Ambiental foi acionada para o resgate de uma serpente. Uma falsa-coral que caiu dentro de uma piscina. Orientamos sempre: o cidadão verificou um animal silvestre, acione a Polícia Ambiental. Captura e contenção de animais silvestres, independentemente se colocam em risco ou não, devem ser feita com toda cautela. Essa aqui vai ser devolvida para a natureza. Contem com a Polícia Ambiental”, disse o capitão Júlio César Cacciari de Moura, que responde pela 3ª Companhia da Polícia Militar Ambiental.

O capitão Júlio César Cacciari de Moura com a falsa-coral — Foto: Polícia Militar Ambiental

Espécies parecidas

De cores vivas, os anéis vermelho, preto e branco tornam a cobra coral uma das serpentes mais conhecidas. A dificuldade para se camuflar dificulta os acidentes com a espécie, ponto positivo, já que o veneno é um dos mais ativos no ser humano.

A dúvida quanto à identificação dos indivíduos, porém, é um problema. Isso porque a distinção entre a coral-verdadeira e a falsa-coral é quase impossível de ser feita por leigos.

As serpentes são extremamente parecidas e a diferença mínima está na boca.

A proximidade na aparência não é por acaso. Para confundir eventuais predadores, e assim garantir a sobrevivência, a falsa-coral imita a verdadeira, mas apenas na coloração, já que, diferentemente da coral-verdadeira (Micrurus lemniscatus), não possui veneno.

Peçonhenta, a coral-verdadeira provoca sérios riscos quando ataca humanos. Com atividade neurotóxica, o efeito do veneno bloqueia o sistema neuromuscular e causa insuficiência respiratória, além de deixar a visão turva, dificultar a deglutição e provocar vômitos.

Para o tratamento, é indicado dirigir-se rapidamente a postos de atendimento, já que o estado de saúde deve ser considerado grave.

Cobra falsa-coral (Erythrolamprus aesculapii) foi capturada em piscina — Foto: Polícia Militar Ambiental

Fonte: G1