Registro de defensivos agrícolas para a Mandioca começa a se concretizar

O registro de herbicidas, inseticidas e fungicidas utilizados nas lavouras de mandioca começa a se concretizar com o compromisso assumido por indústrias fabricantes desses itens de legalizar suas formulações para o setor. O comprometimento das empresas começou a ser solidificado em reunião realizada na última sexta-feira, dia 14, na sede da Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal), com a participação de técnicos, produtores de mandioca; empresas revendedoras; indústrias processadoras de mandioca; pesquisadores; e, membros do Governo.

Após o encontro, a Sumitomo Chemical do Brasil Ltda. já encaminhou à Comissão Técnica de Registro de Agrotóxicos para Mandioca ofício assumindo compromisso de registrar a mandioca nas instruções de uso de três de suas formulações para o setor. A Iharabras S.A. Indústrias Químicas e a Syngenta Proteção de Cultivos Ltda., se comprometeram, verbalmente, que encaminhariam os registros de seus produtos. O encontro contou, ainda, com a participação das indústrias Dow AgroSciences Industrial Ltda; Monsanto do Brasil Ltda.; Bayer CropScience; e, Basf S.A. que também assumiram compromisso de levar o assunto para suas empresas, afim de definirem os registros dos itens que fabricam para a cultura.

A Comissão Técnica, constituída em reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Mandioca e Derivados, realizada em Brasília, no dia 19 de novembro do ano passado, que é coordenada pelo Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas – BA), Rudiney Ringenberg, se comprometeu a protocolar os pedidos de extensão de LMR (Limite Máximo de Resíduo) para agrotóxicos até o meio do mês que vem, e a repassar às indústrias informações sobre os dados produtivos da mandioca, bem como, área plantada (o que já foi feito). Além disso, se responsabilizou por negociar junto às fabricantes a necessidade de novos encontros que objetivem a regularização de seus produtos.

A busca pela regulamentação dos defensivos agrícolas para a mandioca vem de longa data – entre 15 e 20 anos – sendo que o setor produtivo conta com poucos produtos registrados para o controle de insetos, pragas e plantas daninhas. A regulamentação possibilitará ao produtor, conforme o Diretor da ABAM (Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca), Helio Minoru Oyama, a minimização de custos de produção e de  perdas resultantes de plantios nos sistemas convencionais de cultivo da raiz. Também favorecerá a produção integrada, fundamentada em boas práticas agrícolas, e, a redução dos impactos ambientais, propiciando maior ganho socioeconômico ao setor produtivo.

A Comissão Técnica de Registro de Agrotóxicos para Mandioca conta com integrantes do Instituto Agronômico de Campinas, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, Instituto Agronômico do Paraná, Cooperativa Agroindustrial do Noroeste Paraense, Yoki Alimentos, C. Vale Cooperativa Agroindustrial, Cooperativa dos Produtores de Amido Modificado de Mandioca do Estado da Bahia, Associação dos Produtores de Mandioca do Noroeste do Paraná, e, Associação Técnica das Indústrias de Mandioca do Oeste do Paraná.
Conta, também, com apoio das Câmaras Setoriais da Mandioca e Derivados dos Estados do Paraná e Santa Catarina.

Jornalista responsável: Silvana Porto – Mtb 6.716