De 14 a 17 de abril, empreendedores e acadêmicos do Brasil e exterior se reúnem em Santos (SP) para discutir os avanços na área de satélites e suas aplicações durante o XIX Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (SBSR). Serão apresentados 923 trabalhos, entre sessões orais e de pôsteres, além de 108 palestras ministradas por expoentes da área. Entre os temas em destaque, o evento abordará as próximas missões espaciais, dinâmica de carbono e previsão ecológica.
Promovido a cada dois anos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e pela Associação de Especialistas Latino-americanos em Sensoriamento Remoto (Selper Brasil), o SBSR é considerado o maior evento do país sobre tecnologias relacionadas a satélites e geoinformação, unindo pesquisadores, estudantes e empresários.
O sensoriamento remoto é cada vez mais utilizado na segurança pública, gerenciamento de desastres naturais e da biodiversidade, temas que estarão presentes no XIX SBSR, assim como saúde, previsão agrícola, degradação de florestas, urbanização, poluição, mudanças climáticas, geologia, oceanografia, cartografia, sensores, processamento de imagens, meteorologia, uso e qualidade da água, serviços e tecnologias espaciais, entre outros.
Especialmente no Brasil, um país de proporções continentais, o sensoriamento remoto é utilizado no levantamento de recursos naturais e no monitoramento do meio ambiente visando ao desenvolvimento econômico e social. A observação de grandes áreas com sensores embarcados em satélites é mais eficiente, rápida e barata, tornando o sensoriamento remoto a ferramenta ideal para monitorar desmatamentos, queimadas, a expansão das cidades, safras agrícolas, o nível de rios e reservatórios, entre outras aplicações.
Governo, cientistas e empresas cada vez mais usam o sensoriamento remoto, tecnologia em que o Brasil é um dos pioneiros no mundo, por meio da atuação do INPE. O Instituto recebe, processa e distribui imagens que vêm permitindo o desenvolvimento de estudos e atividades de reconhecimento internacional, como os programas que monitoram o desmatamento na Amazônia e no Cerrado, bem como as queimadas em todo o país.
Para aprimorar o monitoramento feito a partir do espaço, no segundo semestre deste ano será lançado o satélite CBERS-4A, o sexto feito em parceria com a China. Em 2020, será colocado em órbita o Amazonia-1, o primeiro totalmente desenvolvido pelo Brasil.
As imagens de satélites do INPE são oferecidas gratuitamente, pela internet, e beneficiam o sistema de gestão do território do próprio governo, a pesquisa nas universidades e o desenvolvimento das empresas privadas, que geram emprego e renda com tecnologia espacial.
Fonte: Inpe