Por conta do crescente desmatamento da Amazônia e, como consequência, o impacto direto na vida de milhares de animais silvestres, a Proteção Animal Mundial, organização não-governamental que atua em prol do bem-estar animal manifestou seu repúdio as alterações das políticas ambientais do Brasil. Com nota de posicionamento publicada em seu site, a organização se juntou à outras entidades no manifesto elaborado pela Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong) que rechaça os atos e as acusações do Presidente da República.
“Consideramos o recente recorde de focos de queimada na região uma ação cruel, injustificável e fonte de extremo sofrimento para os animais. Além de terem seus habitats dizimados, há ainda as lesões provocadas pelo fogo e a morte de diversas espécies. Por isso, é necessária uma ação mais eficaz e enérgica por parte do governo para conter a expansão das queimadas e conscientizar sobre a necessidade de preservar a flora e a fauna nacional”, afirma Helena Pavese, diretora executiva da Proteção Animal Mundial.
As atividades que levam ao aumento do desmatamento – queimadas ilegais, afrouxamento da legislação ambiental e enfraquecimento dos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização e controle – são extremamente prejudiciais para a integridade dos animais. “O mesmo governo federal que não assume sua responsabilidade no crescente desmatamento, nega qualquer informação sobre as populações de animais afetadas pelo fogo”, pontua Helena.
A Proteção Animal Mundial trabalha com a ótica de saúde única, considera a saúde das pessoas, animais e meio-ambiente. Nesta visão sistêmica, há menos riscos e, por isso, as imagens recentes de animais amazônicos e do cerrado, vivenciando extremo sofrimento são repugnantes e indignam toda a sociedade.
“Para agravar ainda mais a situação, autoridades do governo federal desacreditam – sem provas ou justificativas – as organizações não-governamentais e ainda as acusam como responsáveis pelas queimadas. A atuação do governo vai contra os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil no âmbito do Acordo de Paris e, assim continuando, irão causar danos irreparáveis para todo o planeta”, afirma a diretora.
Desde os anos 90, a Proteção Animal Mundial construiu uma sólida trajetória na proteção e no bem-estar de animais ao redor do mundo. Entre outras ações, destaca-se a atuação no auxílio a equipes de resgate no salvamento de animais afetados por desastres, como é o caso das queimadas ilegais. No Brasil, a organização ajudou as ações da Brigada Animal durante o recente rompimento da barragem em Brumadinho (MG) e trabalha auxiliando governos em diferentes níveis para que animais sejam incluídos em planos locais de prevenção e resgate em desastres.
“Trabalhamos com diversos países para assegurar que os planos de desastres incluam animais. Os incêndios que estão destruindo a Amazônia acontecem regularmente e os animais são uns dos principais afetados. Por isso, é fundamental que o governo brasileiro reaja com celeridade para combater as queimadas. Os danos e as perdas serão irreparáveis para a fauna brasileira e a comunidade nacional e internacional”, finaliza Helena.
Sobre a Proteção Animal Mundial (World Animal Protection)
A Proteção Animal Mundial move o mundo para proteger os animais por mais de 50 anos. A organização trabalha para melhorar o bem-estar dos animais e evitar seu sofrimento. As atividades da organização incluem trabalhar com empresas para garantir altos padrões de bem-estar para os animais sob seus cuidados; trabalhar com governos e outras partes interessadas para impedir que animais silvestres sejam cruelmente negociados, presos ou mortos; e salvar as vidas dos animais e os meios de subsistência das pessoas que dependem deles em situações de desastre. A organização influencia os tomadores de decisão a colocar os animais na agenda global e inspira as pessoas a mudarem a vida dos animais para melhor. Para mais informações acesse: www.protecaoanimalmundial.org.br