Danielle Jordan / AmbienteBrasil
A lista divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente na última terça-feira (24), não trouxe novidade, na avaliação do diretor da Oscip Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Roberto Smeraldi. A inclusão dos sete municípios já era esperada, de acordo com ele.
Passaram a integrar a lista dos municípios que mais desmatam: Marabá (PA), Pacajá (PA),Itupiranga (PA), Mucajaí (RR), Feliz Natal (MT), Tailândia (PA) e Amarante do Maranhão (MA). Outros três municípios devem deixar a lista: Alta Floresta (MT), Porto dos Gaúchos (MT) e Nova Maringá (MT).
“O que pode se observar é a confirmação daquilo que já havia sido comentado em 2008”, comenta Smeraldi. Ele avalia esta forma de posicionamento em ranking como perigosa, “pode estimular o deslocamento do desmatamento para municípios que possam ter uma área florestal maior e que de alguma maneira possam passar a desenvolver atividades desmatadoras”, diz.
A entidade acompanha mensalmente a evolução dos desmatamentos por meio do DETER – Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Apesar de não apresentar novidades para quem atua diretamente na área, o diretor julga como a listagem como um importante instrumento de transparência. “É útil para a sociedade qualquer elemento de transparência e ajuda as pessoas a entender tendências”, conclui.
Smeraldi ainda afirma: “Isso tudo acontece num momento histórico em que o desmatamento deveria praticamente sumir. A conjuntura de mercado está tão negativa para as atividades que geram desmatamento, como acho que nunca esteve nas últimas décadas”. Ele refere-se aos efeitos da crise econômica sobre os frigoríficos e às notícias divulgadas na última semana sobre o fechamento de algumas empresas do setor.
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