A manhã de sol e de tempo firme colaborou, criando o clima propício. Foi assim que o Bosque dos Tribunais, em Brasília, ganhou mais exemplares típicos do Cerrado. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, plantou uma árvore durante cerimônia, nesta terça-feira (15/12), que marcou a reinauguração do bosque e finalizou o plantio de 1.500 mudas nativas. Além de Izabella, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão, e a vice-presidente do STJ, Laurita Hilário Vaz, plantaram, cada um, uma muda de pequizeiro.
“Esta é uma a iniciativa excelente”, destacou a ministra do Meio Ambiente. ”Fico muito feliz de ter voltado de Paris e plantar uma árvore, já que restauração florestal, além de ser um dos temas centrais das Contribuições Nacionalmente Determinadas (INDC) do Brasil entrou no acordo de Paris como um dos aspectos estratégicos. O mundo terá que plantar muita árvore para fazer a função de sumidouro, se nós tivermos a ambição de neutralizar as emissões de carbono até 2050.”
Aquecimento global – No último sábado, Izabella e representantes de 195 países firmaram compromisso histórico para conter o aquecimento global. Após negociação em que o Brasil assumiu papel decisivo, a comunidade internacional aprovou o Acordo de Paris com medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e, com isso, limitar o aumento da temperatura da Terra em até 1,5ºC até 2100.
O plantio faz parte do Projeto Parque Bosque dos Tribunais para revitalizar a área de preservação ambiental ao redor do STJ e preservar as características naturais do bioma Cerrado. O projeto também pretende estimular o desenvolvimento de atividades de educação ambiental e o contato com a natureza. “Além de conservar a biodiversidade, o projeto também promove qualidade de vida para o brasiliense, isso é muito bom”, ressaltou a ministra.
As 1.500 mudas que foram plantadas no terreno foram produzidas no viveiro da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), completamente adaptadas às condições do solo e clima do DF.
Saiba mais – O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e abrange os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná e São Paulo. Importante para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável do Brasil, em pouco mais de 20 anos o Cerrado se transformou em importante fronteira agrícola e contribuiu para a posição do país como um dos maiores produtores e exportadores agropecuários do mundo.
É também no Cerrado que estão localizadas as nascentes das bacias do Araguaia-Tocantins e São Francisco além dos principais afluentes das bacias Amazônica e do Prata, conferindo uma importância estratégica em termos de disponibilidade.
INDC – As Contribuições Nacionalmente Determinadas (INDC) representam o compromisso dos signatários da UNFCCC com a redução de emissões de gases de efeito estufa em seus próprios territórios. Ao longo de 2015, cada país apresentou a sua INDC com percentuais de corte de carbono e ações para alcançá-los. Considerada uma das mais ambiciosas, a INDC do Brasil contém a meta de reduzir 37% das emissões até 2025 e 43%, até 2030. Ambas as metas são comparadas aos níveis registrados em 2005. (Fonte: MMA)