Boletim nacional sobre dengue divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que foram registrados no ano passado 5.395 novos casos em todo o estado, contra 1.514 ocorrências em 2003, crescimento de 256% em apenas um ano.
Destruição de aproximadamente 7,5 milhões de pneus usados foi um dos principais fatores para a redução no número de casos da doença. O acúmulo de água em pneus era responsável por 34% dos focos de dengue no estado.
Segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, as regiões Sul e Nordeste foram as que apresentaram os maiores índices de redução da doença, 96,1% e 81,46%, respectivamente.
Segundo o entomologista do Instituto Oswaldo Cruz, Anthony Erico Guimarães, a população carioca está imunizada do vírus tipo 3, mas se um novo tipo for introduzido, o índice de infestação da cidade pode provocar uma epidemia.
A cidade litorânea de São Sebastião é a primeiro no ranking dos municípios de alto risco de exposição às larvas do Aedes aegypti. Em seguida estão as cidades Potim e Ituverava.
Em 2004, o levantamento indicou que 43,4% das áreas avaliadas apresentaram Índice de Infestação Predial menor que 1%, percentual que indica o menor risco de transmissão da dengue. Em 2003, este percentual foi verificado em 34,6%.
Um dos Estados com a maior incidência da dengue nos últimos três anos, o Rio de Janeiro mobilizou neste sábado (20) a população em todos os seus 92 municípios para participar do Dia “D” de Mobilização e Combate à Dengue.
A campanha, que começa a ser veiculada em jornais, revistas, rádio e televisão, pretende motivar a população a combater a doença e divulgar as ações previstas para o dia 20 de novembro – conhecido como o dia D.
Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde mostram que, nos primeiros seis meses deste ano, 84.535 pessoas tiveram dengue, enquanto em 2003 as notificações chegaram a 299.764.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo lança no próximo dia 23 o “Dia D” estadual de combate à Dengue. O evento deve reunir cerca de 10 mil pessoas em todo o Estado, entre técnicos da Secretaria e voluntários.
Trata-se do larvicida biológico Bactivec, produzido pelo laboratório cubano Labiofarm, que será distribuído à população da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a partir de abril.