O Ministério da Agricultura publicou nesta segunda-feira (11) a liberação de mais 56 agrotóxicos para o uso dos agricultores, 51 genéricos e 5 inéditos.
Anvisa discute se altera o prazo para a proibição de um agrotóxico associado pela própria entidade à doença de Parkinson. O paraquate está previsto para sair do mercado daqui uma semana, conforme decisão da Anvisa em 2017.
Já foram 290 produtos liberados em 2019, 41% deles de extrema ou alta toxicidade e 32% banidos na União Europeia. Ritmo de registros é o maior na última década. Especialistas discutem riscos à saúde pública e ao meio ambiente e defendem alternativas.
Entre os produtos liberados para agricultores está o princípio ativo sulfoxaflor, que está em estudos no exterior e é relacionado à redução de enxames de abelhas. Ministério promete regras para o uso do defensivo.
Segundo pesquisador, país fica atrás de outras nações na proibição de produtos danosos ao meio ambiente. No entanto, políticas de Bolsonaro podem tornar a regulamentação brasileira mais parecida com a americana.
Aprovações vêm crescendo desde 2016, mas frequência aumentou neste ano, com 169 produtos liberados até meados de maio. Ativistas manifestam preocupação e governo diz que maioria dos produtos aprovados já são usados no país.
Entre os produtos aprovados 16 são considerados extremamente tóxicos pela Anvisa. Ministra da pasta defende liberações de “remédios para plantas” e diz que avaliação demorada prejudica o agronegócio.
Comissão especial na Câmara dá aval a projeto de lei que expôs racha entre ambientalistas e ruralistas. Oposição tacha proposta de “pacote do veneno”, enquanto defensores chamam medida de “Lei do Alimento Mais Seguro”.