EXCLUSIVO: Estudo avalia o comportamento de plantações de leguminosas com adubação verde, em Minas Gerais

O adubo verde já é aplicado em diversas propriedades mineiras, mas pouco se sabe sobre o real potencial de algumas espécies de leguminosas em relação a este tipo de adubação.

O pesquisador Rômulo Fredson Duarte, do programa de mestrado em Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, defendeu a tese “Desempenho de adubos verdes nas condições do Norte de Minas Gerais”. As avaliações foram baseadas nas plantações da propriedade de um agricultor familiar, na comunidade do Planalto, zona rural de Montes Claros.
 
A região norte do estado apresenta cerca de 63% de área coberta pelo cerrado e a técnica, segundo o pesquisador, apresenta inúmeros benefícios para o solo, entre elas, a melhoria dos atributos químicos.

Outra vantagem apontada pelo pesquisador é a redução dos custos de produção. “Permite a redução dos gastos com insumos, que são bem onerosos, principalmente para pequenos produtores”, explicou.

Oito espécies foram avaliadas de abril a novembro de 2009: crotalária, feijão guandu, mucuna-preta, mucuna-anã, mucuna-cinza, lab-lab, feijão caupi e feijão-de-porco. O período do início da pesquisa coincidiu com o fim das chuvas, para evitar a necessidade de irrigação.

Algumas espécies foram escolhidas pelas condições de adaptação com as características da região, sendo que muitas já estão presentes em propriedades do local. Outras plantas foram escolhidas por serem muito usadas como adubos verdes em outras regiões.

As conclusões apontaram que as espécies com melhores potenciais para adubação verde no Norte de Minas são a crotalária e a mucuna-cinza. A crotolária apresentou maior crescimento e a mucuna-cinza, melhor cobertura de solo.

*Com informações da UFMG.