Uma expedição formada por profissionais da área de saúde e meio ambiente dos governos federal, estadual e municipal, estão desde segunda 21, capturando aves no interior do Parque Nacional do – PNI, na região Oeste do Paraná. Eles procuram indícios de contaminação por vírus para prevenir doenças como a febre do Nilo Ocidental, Influenza Aviária, Newcastle, entre outras. A coordenação dos trabalhos, que prossegue até o domingo, 27, é do médico veterinário Francisco Anilton Alves Araújo, da Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS.
De acordo com o coordenador, o inquérito epidemiológico tem caráter preventivo e a análise final vai determinar a necessidade de implantação de uma vigilância das enfermidades encontradas na área. A determinação da presença de vírus de interesse para a saúde pública e de interesse econômico definirá a necessidade de uma tomada de decisão.
Pelo Ibama, estão os biólogos do Parque Nacional do Iguaçu e profissionais do Centro Nacional de Pesquisa para a Conservação de Aves Silvestres (Cemave). Para capturar os animais foram colocadas dezenas de redes ornitológicas no interior da mata. As redes são abertas pela manhã e vistoriada após duas horas. Os animais presos são retirados e levados ao laboratório para serem processados (identificação, biometria e coleta de sangue). O mesmo procedimento é realizado no período da tarde.
Os técnicos encaminham coletas em três locais distintos da unidade, com grande concentração de aves: Trilha do Poço Preto, Capoeirinha e o Posto de Informação e Controle (PIC) do Ibama no município de Céu Azul. As aves são anilhadas e novamente soltas.
Diversidade
O PNI foi escolhido em função da diversidade de aves (288 espécies diferentes) e por se apresentar como área de rota de migração de aves de diversas partes do mundo. Os técnicos irão encaminhar ainda a necropsia de aves encontradas mortas, além de capturar mosquitos para detecção de possíveis vetores e transmissores de arboviroses. Em 2002, o Ibama verificou as aves do Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS) e 2003 no município de Galinhos (RN), locais de rotas de aves migratórias.(Ascom/PR)
Por que capturar um inseto pode acabar em multa
Em 21 de junho, Luís Paulo dos Santos Pereira, estudante de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB), andava por uma área do Serviço Florestal Brasileiro, ao lado do campus universitário, com uma rede coletando insetos para uma tarefa de aula, quando foi abordado e multado por um fiscal do Ibama.
