A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (08) na apresentação do Inventário Brasileiro de Emissões de Gases de Efeito Estufa, no Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que sua pasta tem participado do esforço para uma política ambiental integral do governo, na qual as questões relacionadas ao desmatamento da Amazônia aparecem como um dos principais vetores das emissões de gases no país.
“O esforço do governo no âmbito do Plano de Combate ao Desmatamento tem a clareza de que precisamos diminuir significativamente as atividades ilícitas, acabar com elas, e com isso reduzir o desmatamento da Amazônia”, disse Marina Silva.
De acordo com a ministra, de 2002 para 2003 o desmatamento aumentou em 28%. “Em 2003, com todo o esforço do governo, conseguimos fazer com que se brecasse o ritmo reduzindo esse índice para 2%”. Ela observou que a tendência é de estabilidade para diminuição em 2004. “O que queremos de fato é fazer com que se tenha a redução efetiva do desmatamento na Amazônia e isso não é uma atividade que está acontecendo em função do anúncio do Inventário”, destacou.
Marina Silva disse que 2003 foi um ano de muito trabalho na elaboração do Plano de Combate ao Desmatamento que ainda não está implementado em sua totalidade. “Já trabalhamos naqueles componentes que eram possíveis de serem implementados por meio das bases que foram sendo criadas”. A ministra informou que nos nove meses de implementação este ano, foram alocados recursos da União “da ordem de R$ 400 milhões para as ações de combate ao desmatamento num esforço conjunto de 13 ministérios”.
A ministra ressaltou que o Brasil tem esse compromisso pelo que representa a Amazônia, sua biodiversidade e a determinação do governo de que o nosso desenvolvimento possa ocorrer em bases sustentáveis. Ela acredita que as ações previstas no Plano de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia vão se constituindo em um programa de desenvolvimento regional “para fazer frente aos diferentes aspectos do ponto de vista da infra-estrutura para o desenvolvimento sustentável, tecnologias com sustentabilidade ambiental, inclusão social, ordenamento territorial e revisão das instituições de crédito para a região”.(Benedito Mendonça/Agência Brasil)