O Banco de DNA de Espécies da Flora Brasileira do Jardim Botânico do Rio de Janeiro será um dos únicos projetos da América Latina apresentados no livro “DNA Banking for Biodiversity and Conservation: Theory, Practice and Uses”, a ser lançado no segundo semestre de 2005.
A pesquisadora Luciana Franco, uma das idealizadoras da iniciativa patrocinada pela Companhia de Seguros Aliança do Brasil, foi convidada a escrever um artigo sobre o inovador projeto que será publicado juntamente com textos de cientistas dos Estados Unidos, Inglaterra, França e África do Sul.
O livro do Royal Botanic Garden está sendo editado pelos pesquisadores ingleses Vincent Savolainen, Gail Reeves, Kate Davis, Martin Powell e Angelique Corthals e também reunirá pesquisas de várias instituições renomadas, como o English Nature, o australiano King´s Park, American Museum of Natural History, University Lyon da França, entre outros.
Inaugurado em junho, o Banco de DNA é o primeiro da América Latina voltado para a pesquisa da flora e a conservação genética de sua diversidade. A iniciativa é patrocinada pela Companhia de Seguros Aliança do Brasil – coligada ao Banco do Brasil, que investiu R$ 400 mil.
O objetivo é conservar genes que, no futuro, poderão ser utilizados para produzir substâncias de interesse econômico, mesmo que a espécie não mais exista na natureza.
O Banco de DNA trabalha com amostras de coleções do arboreto como palmeiras, espécies relevantes de ecossistemas brasileiros raros e/ou ameaçados e amostras do herbário. É o primeiro do gênero no país, que agora segue o exemplo de países da Ásia e Europa.
São responsáveis pelo desenvolvimento do projeto os pesquisadores Luciana Franco, Mônica Cardoso, Sérgio Ricardo Sodré Cardoso, Adriana Hemerly e Paulo Ferreira, além do presidente do Jardim Botânico, Liszt Vieira e do patrocinador, a Aliança do Brasil.(O Rio Branco)