Cruz Vermelha estima que ondas deixaram 23 mil mortos na Ásia e na África

O número de mortos com o tsunami (ondas gigantes) que atingiu a Ásia no domingo (26) elevou-se a 23.700, informa a cruz Vermelha Internacional. “Nossa equipe técnica compilou o número a partir das sociedades nacionais e dos governos”, disse Sian Bowen, porta-voz do quartel-general da Federação Internacional das Sociedades de Cruz Vermelha e Crescente Vermelho.

Segundo ela, a estimativa agora inclui nove vítimas mortas na Somália. Pela primeira vez, a totalização inclui um país africano. “As ondas foram até lá”, disse. O governo somali, no entanto, afirma que há centenas mortos no país, e não apenas nove.

A maior taxa de mortalidade, segundo a Cruz Vermelha, foi verificada no Sri Lanka, com 12.000 vidas perdidas, disse a porta-voz. A Índia conta com 6.000 vítimas, a Indonésia, 4.730 e a Tailândia, 840. Entre os outros países que informam perda de vidas causada pelo maremoto encontram-se Malásia (52), Maldivas (43), Mianmá (12) e Ilhas Seychelles (3), de acordo com Bowen.

Mais cedo, autoridades indianas haviam feito uma estimativa de 4.000 mortos no país, número que poderia quase dobrar, dependendo da situação numa ilha remota, onde o resgate ainda não havia chegado. Na Indonésia, o vice-presidente Jusuf Kalla disse que “os mortos podem ser entre 5.000 e 10.000. É um desastre nacional”.

Água contaminada – De acordo com a Cruz Vermelha, as maiores ameaças aos sobreviventes são agora epidemias de febre tifóide, diarréia, malária, cólera e hepatite.

O coordenador de emergências da ONU (Organização das Nações Unidas), Jan Egeland, advertiu para o risco de epidemias de infecções intestinais e pulmonares que podem ocorrer nos próximos dias.

Em Genebra, a porta-voz da OMS (Organização Mundial da Saúde), Fadela Chaib, disse à agência Reuters que é essencial levar comprimidos para a purificação da água e kits antimalária para as regiões atingidas.

Governos e agências humanitárias de todo o mundo prometeram enviar ajuda financeira e já despacharam equipamento médico de emergência e equipes para a região em torno da baía de Bengala e para a Indonésia. (Estadão Online)