Saiba como ver a “Superlua de Morango” (e entenda o motivo desse nome)

Nesta terça-feira (14), tem início a lua cheia de junho, que conta com uma particularidade: neste mês, nosso satélite natural chega à fase completa ao mesmo tempo em que sua órbita elíptica faz sua aproximação máxima da Terra – ponto chamado de perigeu. Quando isso acontece, costuma-se chamar o fenômeno de Superlua, termo que se originou entre os astrólogos no final da década de 1970. 

Chamada de “Lua de Morango”, esta será apenas a primeira Superlua de 2022, com uma segunda ocorrência em julho, denominada “Lua dos Cervos”. Mas, por que a fase cheia da Lua recebe essas designações?

O nome Lua Cheia de Morango não tem relação com a coloração do astro, e sim com a época de colheita da fruta nos EUA. Imagem: Barb Elkin – Shutterstock

Primeiro, é preciso deixar claro que esses nomes se mantêm independentemente de ser uma Superlua ou não. No caso da lua cheia de junho, embora a definição “de morango” pareça indicar uma mudança na coloração do corpo celeste, o apelido está relacionado, na verdade, ao período de colheita de morangos nos EUA, e foi escolhido por povos norte-americanos originários que iam para o campo para o plantio de frutas, verduras e legumes. 

Já julho marca a época em que crescem os chifres dos cervos machos, por isso a lua cheia desse mês é “dos Cervos”, de acordo com o Old Farmer’s Almanac (Almanaque do Velho Fazendeiro), uma das publicações mais tradicionais dos EUA. Os chifres dos cervos passam por um ciclo anual de queda e regeneração, tornando-se progressivamente maiores com a idade dos animais.

Como ver a Superlua de Morango nesta terça-feira (14)

Embora o fato de estar no perigeu faça com que a Lua pareça maior, ela, obviamente, não aumenta de tamanho. Segundo estimativas da NASA, durante esse momento de aproximação máxima com a Terra, a percepção da Lua cresce 14% em relação ao apogeu (ponto mais distante da órbita), chegando a ficar até 30% mais brilhante.

Imagem: Reprodução/Vox

Desta vez, o perigeu da lua se dará exatamente às 8h52 da manhã (pelo horário de Brasília). Isso significa que o pico só poderá ser visto em algumas regiões do planeta. No entanto, especialistas apontam que, por volta das 20h, ela ocupará uma posição favorável para ser vista do Brasil (8º a leste) e estará 99,5% iluminada.

Se o seu ponto de observação não for conveniente (caso o céu esteja nublado, ou o frio desanime a sair de casa para contemplar o fenômeno), é possível acompanhar tudo pela internet. 

Virtual Telescope Project (Projeto Telescópio Virtual), um serviço prestado pelo Observatório Astronômico Bellatrix, com sede em Roma, na Itália, vai realizar uma transmissão em tempo real a partir das 16h15 (horário de Brasília) em seu canal no YouTube. De quebra, será possível ver a Constelação de Escorpião e a supergigante vermelha Antares, posicionadas logo acima da Lua.

Fonte: Olhar Digital