A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou nesta sexta-feira (7), em Vitória (ES), do lançamento da Campanha de Proteção aos Caranguejos das espécies uçá e guaiamun. A “andada do caranguejo” no estado acontece entre janeiro e abril. É nesse período, durante as luas novas, que os caranguejos saem das tocas para se reproduzir. Além das portarias 001/05 e 002/05 do Ibama, proibindo a captura e comercialização do crustáceo, o monitoramento e a fiscalização, a campanha da prefeitura também inclui trabalho de educação ambiental junto a crianças, comerciantes e catadores.
Em sua primeira visita oficial ao Estado, a ministra ouviu demandas ambientais de representantes do governo e organizações não governamentais e também conheceu estudos para ampliar o número de unidades de conservação do Espírito Santo, principalmente na área marinha.
Marina Silva e o presidente do Ibama, Marcus Barros, participaram de reunião com os servidores do Ibama do estado e da inauguração das obras de ampliação da sede do Ibama. Ambientalistas e técnicos do governo apresentaram à ministra e ao presidente do Ibama os estudos preliminares para a criação dos parques estaduais marinhos de Santa Cruz e Ilha dos Franceses e as reservas extrativistas de Barra Nova e de Desenvolvimento Sustentável da Foz do rio Doce. O Parque Nacional dos Pontões Capixabas também foi outro tema da reunião.
Segundo a ministra, os estudos que estão sendo feitos por técnicos do governo com a participação de ambientalistas e técnicos do Ibama é que vão determinar o tipo de unidade de conservação é compatível com a região.
Durante o encontro com as ONGs estaduais, Marina Silva recebeu da Acapema – Associação Capixaba de Proteção ao Meio Ambiente uma proposta para disciplinar a mineração subaquática do País. O Código de Mineração Subaquática propõe a exigência de estudos de impacto ambiental para o licenciamento de qualquer projeto de mineração no mar ou nos rios. Segundo os técnicos do Núcleo de Estudos de Direito Ambiental da Universidade Federal do Espírito Santo, da Estação de Biologia Marinha Ruschi e da Acapema, que elaboraram a proposta, as freqüentes incursões de garimpeiros nos rios e a coleta de algas calcárias são preocupantes. (Com informações do Ministério do Meio Ambiente)