A Comissão Européia para a Ciência e a Pesquisa fez um alerta nesta segunda-feira (31) sobre a drástica redução da camada de ozônio sobre o Ártico, por causa do frio recorde registrado na região. Se continuarem as baixíssimas temperaturas das últimas semanas, a capa que protege a superfície da Terra da radiação ultravioleta do Sol tende a ficar mais fina, expondo as pessoas a grandes riscos de doenças como o câncer de pele.
A ameaça é maior nos países do norte, próximos ao Ártico, mas também na Europa Central, segundo o comissário Janez Potocnik. “Grandes perdas de ozônio devem ocorrer se o frio persistir nesta intensidade”, afirmou ele. Na região do Pólo Norte, menos habitada, a radiação tende a afetar mais a biodiversidade.
“As condições meteorológicas que estamos testemunhando ultrapassam as do inverno de 1999-2000, quando registramos as piores perdas de ozônio”, comentou Neil Harris, da unidade britânica de Coordenação Européia de Pesquisas sobre Ozônio. As temperaturas a 20 mil metros de altitude estão caindo a uma média de 80º C negativos, as mais baixas sobre o Ártico nos últimos 50 anos. (Gazeta do Povo/PR)