Após dez dias de levantamentos, o IAP – Instituto Ambiental do Paraná e a Polícia Florestal divulgaram nesta terça-feira (1) o relatório final dos danos ambientais causados por um engenheiro agrônomo em fevereiro, em Rio Azul, cidade na Região Sul do Paraná. O proprietário da área recebeu quatro autos de infração, no valor de aproximadamente R$ 1,5 milhão, por desmatar um terreno de 29,34 hectares de floresta de araucária para plantar soja.
Inicialmente, a estimativa dos órgãos de fiscalização era de que a área atingida fosse de 44 hectares. Contudo, após uma vistoria se chegou ao novo número. A quantidade de árvores derrubadas também foi menor do que o contabilizado previamente. Pela derrubada de 2.031 pinheiros, o proprietário recebeu um auto de infração no valor de R$ 609,3 mil e mais R$ 95,4 mil pelo corte de 318 imbuias. Os outros dois autos são referentes ao desmate de 3,02 hectares de uma área de preservação permanente (R$ 6 mil) e pela supressão de vegetação nativa em estágio avançado de regeneração, com o corte de 7.738 metros cúbicos de folhosas diversas (R$ 773,8 mil).
Em 2004, o mesmo engenheiro já havia sido autuado pelo Ibama – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis pelo desmate de três hectares em um terreno contíguo. De acordo com o chefe regional do IAP, Mariano Felix Duran, a área continua embargada para a recuperação por tempo indeterminado. Todo o material apreendido terá como fiel depositário o próprio engenheiro. As madeiras também não devem ser liberadas pelo IAP. “O agravante é que o local desmatado é uma área de plano de manejo florestal, que foi designada pelo proprietário para a exploração sustentável, o que não aconteceu”, diz o representante do IAP. (Alexandre Costa – Gazeta do Povo/PR)