Representantes da Defensoria da Água entregam nesta quinta-feira (17) ao Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU – Organização das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça, o relatório sobre Áreas Contaminadas no Brasil. O documento apresenta casos graves de violação de direitos humanos envolvendo mais de 15 mil comunidades expostas às áreas com solos contaminados e cita nomes de grandes empresas e autoridades do governo brasileiro.
O relatório denuncia casos como o do Aterro Mantovani, na cidade de Santo Antonio de Posse (SP), onde 63 indústrias depositam cerca de 500 mil toneladas de lixo tóxico em uma área cercada de comunidades. O lançamento na Lagoa de Carapicuíba (SP) de 700 mil toneladas de metais pesados e lixo proveniente do rio Tietê também consta do documento. Esses dois casos são apontados pelo secretário geral da defensoria, Leonardo Morelli, como os piores de contaminação e impunidade no Brasil, envolvendo autoridades e grandes multinacionais. No dia 29 de março, o relatório e sua repercussão na ONU serão apresentados à imprensa nacional em Brasília (DF). (Radiobrás)