As Forças Armadas brasileiras têm condições de enfrentar a ameaça de uma ocupação militar estrangeira na Amazônia. Entretanto, permanecem “carentes de reaparelhamento”. “Nós consideramos, no Ministério da Defesa, que as nossas forças são apropriadas para a defesa da Amazônia num confronto regional. Com relação a uma ameaça de potência superior, vamos ter que adotar uma tática, uma estratégia que o exército está treinando muito bem, que se chama estratégia da resistência”, afirmou hoje o secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa, almirante-de-esquadra Miguel Ângelo Davena.
O almirante afirmou que a “frota” (o conjunto de equipamentos das Forças Armadas) hoje estabelecida na região não é adequada para a tarefa, mas que o problema pode ser corrigido com o deslocamento dos veículos e embarcações de outras regiões do país. “Eu creio que seja do conhecimento de todos os brasileiros que as nossas forças estão na situação carente de reaparelhamento”, ressalvou o almirante.
O almirante fez as declarações em resposta a parlamentares e a mensagens eletrônicas enviadas por telespectadores que acompanhavam pela TV Senado a audiência pública “A Internacionalização da Amazônia: Risco Real ou Temor Infundado”, promovida hoje pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.
O debate teve a presença de especialistas e autoridades convidados pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. A proposta para a realização da audiência foi do senador Jefferson Peres (PDT-AM). Além de Davena, estiveram presentes na mesa o secretário executivo do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, o consultor das Nações Unidas para o Desenvolvimento da Amazônia Armando Mendes e o cientista político Clóvis Brigagão, da Universidade Cândido Mendes.(Radiobras)