Você saberia dizer o nome da árvore que fica em frente a sua casa? De que espécie seria aquela pela qual se passa todos os dias e muitas vezes nem dá importância? Ou ainda qual seria a árvore mais antiga ou mais alta de Curitiba (PR)? Instigado pela constatação de que hoje em dia a população não sabe quase nada sobre as árvores, o jornalista e redator publicitário curitibano Francisco Cardoso resolveu juntar essas informações no livro “Árvores de Curitiba”.
Segundo ele, além de tentar resgatar um pouco desse conhecimento, o objetivo do livro é fazer com que se preste atenção nas árvores e, conseqüentemente, se passe a respeitá-las. “Sem elas, não seríamos nada, nem estaríamos aqui”, diz ele. “Como dizem os poetas, elas nos acompanham do berço ao túmulo.”
No livro, que demorou pouco mais de um ano para ser concluído e foi publicado em 2004, contou com a colaboração de nomes importantes da área, como o professor Carlos Vellozo Roderjan, da Escola de Floresta da UFPR – Universidade Federal do Paraná, e o diretor do Museu Botânico Municipal, Gerdt Hatschbach. As fotos são de Zig Koch.
Na obra, encontram-se várias curiosidades. Um exemplo é a árvore mais antiga de Curitiba, que seria uma imbuia localizada na floresta do Museu de História Natural, no Capão da Imbuia. Estima-se que tenha mais de mil anos. Já o título de mais alta estaria dividido entre dois eucaliptos do Passeio Público, ambos com 30 metros. A mais grossa é um eucalipto da Avenida Nossa Senhora da Luz, esquina com a Rua Augusto Stresser, no Jardim Social, com 1,86m de diâmetro.
De acordo com Gerdt, a árvore natural de Curitiba mais cultivada atualmente é o ipê-amarelo (Tabebuia alba). “É uma espécie que se adapta bem ao clima frio e tem a época de floração no inverno quando grande parte das outras árvores está sem flores”, diz. (Gazeta do Povo/PR)