O resultado foi verificado em testes conduzidos em laboratórios na Grã-Bretanha depois que a suspeita foi divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, no início deste mês.
O Departamento diz que não há risco para a saúde pública porque a carne do animal – que morreu em novembro do ano passado – não foi consumida por ninguém nem usada para alimentar outros animais.
“A entrada do animal na cadeia alimentar foi bloqueada por causa das barreiras que nós temos funcionando. Os americanos têm todas as razões para continuar confiando na segurança da nossa carne”, afirmou o secretário de Agricultura Mike Johanns, em entrevista coletiva.
“A ameaça de BSE (nome científico da doença, na sigla em inglês) a humanos neste país é tão remota que você tem mais chance de se machucar atravessando a rua para ir ao supermercado do que comendo o bife que você comprou no supermercado,” disse Johanns, defendendo o sistema de controles do país.
Bife no almoço
O secretário disse que ele próprio havia comido bife no almoço para tentar tranqüilizar a população.
A descoberta do caso de 2003, numa vaca importada do Canadá, levou à perda de bilhões de dólares em exportações de carne suspensas e pôs em xeque a segurança dos alimentos produzidos nos Estados Unidos.
Desde então, o Japão e a Coréia do Sul não compram carne do país, mas as autoridades americanas dizem que a confirmação do segundo caso não deve servir de “desculpa” para seus parceiros comerciais não retomarem as importações.
O Departamento de Agricultura afirma estar investigando a origem do segundo animal infectado.
Acredita-se que uma variante humana da doença, Creutzfeldt-Jakob, esteja relacionada ao consumo da carne contaminada. Tanto em bovinos como em humanos, a doença ataca o cérebro.
Nos anos 90, a doença matou 150 pessoas no mundo inteiro, mas principalmente na Grã-Bretanha. (BBC Brasil)